O Richet está pronto a atender a sua indicação de metodologia para a Hemoglobina Glicada, bastando sinalização do método indicado na sua prescrição.
A hemoglobina glicada (A1c), é um exame laboratorial amplamente utilizado para o diagnóstico e acompanhamento de pacientes com diabetes mellitus (DM) e pré-diabetes. O processo de glicação da hemoglobina ocorre de forma irreversível e, portanto, é proporcional à concentração de glicose no sangue e vida média da hemácia, desta forma refletindo o comportamento médio da glicemia nos 3 meses anteriores a sua dosagem.
A dosagem da A1c passou a ser empregada e aceita pela comunidade científica após 1993, depois de ter sido validada através dos dois estudos clínicos mais importantes sobre a avaliação do impacto do controle glicêmico sobre as complicações crônicas do DM: os estudos DCCT e UKPDS. Estes mostraram que os níveis de A1c apresentam correlação com lesão micro e macrovascular, sendo o melhor parâmetro para o acompanhamento de pacientes com DM. Ainda, a A1c pode ser usada para o diagnóstico do DM como reiterado na atualização de 2024 da Diretriz de Diagnóstico de diabetes mellitus da Sociedade
Brasileira de Diabetes.
A análise laboratorial da A1c foi padronizada pelo método de cromatografia líquida de alta eficiência (HPLC) e sua validação necessita ser certificada pelo National Glycohemoglobin Standardization Program (NGSP), e pela International Federation of Clinical Chemistry and Laboratory Medicine (IFCC). Assim, o IFCC padronizou um método que quantifica a A1c por espectrometria de massa ou eletroforese capilar e passou a certificar as metodologias que mostrassem equivalência com este. É o caso da imunoturbidimetria, atualmente amplamente disponível nos laboratórios clínicos. Entender as diferenças entre HPLC e imunoturbidimetria são essenciais para a escolha do melhor método analítico para cada caso clínico.
1. HPC (CROMATOGRAFIA LÍQUIDA DE ALTA EFICIÊNCIA):
Princípio:
A HPLC separa os componentes da hemoglobina com base em suas propriedades físico-químicas, como carga e tamanho, permitindo a quantificação específica da HbA1c.
Prós:
• Alta precisão e exatidão.
• Detecta hemoglobinas variantes.
• Menos suscetível a interferências de variantes de hemoglobina (como HbS e HbC) e outras interferências.
• Permite quantificação específica da A1c.
Contras:
• Requer equipamento especializado, o que pode aumentar o custo do teste.
• Custo mais elevado.
• Tempo de análise mais longo, devido ao processo de separação dos componentes.
• Menos automatizado, não permitindo a utilização com grandes volumes de amostra.
Quando Escolher:
• Pacientes com hemoglobinas variantes.
• Alta precisão necessária.
2. TURBIDIMETRIA:
Princípio:
Baseia-se na formação de complexos imunes entre a A1c e anticorpos específicos. A turvação resultante é medida, permitindo a quantificação da A1c.
Prós:
• Mais acessível e rápido.
• Disponível em plataformas automatizadas, compatíveis com grandes volumes de amostras.
• Menos complexa e com custos mais baixos do que HPLC.
Contras:
• Fornece resultados rápidos, mas pode não identificar variantes de hemoglobina com a mesma precisão que a HPLC.
Quando Escolher:
• Monitoramento geral da glicemia.
A dosagem da A1c pelo método de Cromatografia Líquida de Alta Eficiência (HPLC) se mostra superior à turbidimetria em algumas situações clínicas devido à sua precisão e capacidade de separar e quantificar variantes de hemoglobina.
Presença de Variantes de Hemoglobina: O HPLC pode diferenciar entre diferentes variantes de hemoglobina (como HbS, HbC, HbE) e a HbA1c verdadeira, enquanto a turbidimetria pode apresentar resultados falsamente elevados ou baixos devido à interferência dessas variantes. |
Anemia Hemolítica: Em pacientes com anemia hemolítica, a vida útil dos eritrócitos é reduzida, o que pode afetar a acurácia da dosagem de HbA1c por turbidimetria. O HPLC é capaz de ajustar esses fatores e fornecer uma medição mais precisa. |
Hemoglobinopatias: Pacientes com hemoglobinopatias (como talassemia) têm diferentes frações de hemoglobina. O HPLC pode separar e identificar essas frações, permitindo uma quantificação exata da HbA1c, o que não é possível com a turbidimetria. |
Discrepâncias Clínico-Laboratoriais: Quando há discrepâncias entre os resultados de HbA1c e o quadro clínico do paciente, o HPLC pode esclarecer se há interferências que afetam a dosagem pela turbidimetria, fornecendo uma análise detalhada dos componentes da hemoglobina. |
Monitoramento em Gestantes com Diabetes: Em gestantes, especialmente aquelas com diabetes gestacional, a precisão é crucial. O HPLC fornece resultados mais confiáveis, minimizando o risco de tratamento inadequado que pode resultar de leituras imprecisas da turbidimetria. |
Controle Rigoroso do Diabetes Tipo 1: Pacientes com diabetes tipo 1 necessitam de um monitoramento extremamente preciso. O HPLC, por sua alta resolução e sensibilidade, garante um controle glicêmico mais efetivo. |
Pacientes com Doenças Renais Crônicas: A turbidimetria pode ser influenciada por níveis elevados de ureia e creatinina. O HPLC é menos suscetível a essas interferências, oferecendo uma medição mais precisa da HbA1c em pacientes com doenças renais crônicas. |
Estudos de Pesquisa Clínica: Em estudos que demandam alta precisão e reprodutibilidade, o HPLC é preferido por sua capacidade de fornecer dados mais detalhados e confiáveis sobre os níveis de HbA1c. |
A correlação clínico-laboratorial é de fundamental importância, não apenas para este teste, como para os outros métodos diagnósticos. Sempre que houver alguma dissociação entre a clínica e os resultados laboratoriais, o laboratório deverá ser contatado para a discussão do caso e opções de confirmação do resultado.
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