As queimaduras são feridas traumáticas que causam danos aos tecidos que atuam no revestimento do corpo humano, destruindo, total ou parcialmente, a pele, as camadas mais profundas do tecido celular subcutâneo, ou até mesmo músculos, tendões e ossos.
Na maioria das vezes, as queimaduras são causadas por agentes térmicos, químicos, elétricos ou radioativos. Algumas vezes ocorrem até mesmo por meio de animais, como no caso das águas-vivas, que queimam injetando toxinas na pele. Com isso, fica claro que as queimaduras não são causadas apenas pelo fogo ou por outros agentes térmicos, como muitas pessoas pensam.
As quatro mais comuns são:
Provocadas por fontes de calor como o fogo, líquidos ferventes, vapores, objetos quentes, exposição ao sol ou até mesmo ao frio intenso.
São provocadas por substâncias químicas corrosivas em contato com a pele ou mesmo através das roupas, como ácido sulfúrico e hidróxido de sódio.
São provocadas por descargas elétricas.
Queimaduras por radiação são causadas, na maioria das vezes, pela exposição prolongada à luz do sol (os raios UV solares são uma forma de radiação), além de cabines de bronzeamento, radioterapia (em pessoas em tratamento contra o câncer), lâmpadas solares, fallout radioativo e raios-x.
As classificações das queimaduras são dadas conforme a gravidade e a profundidade do ferimento, sendo geralmente mensuradas pelo percentual da superfície corporal atingida. Em outras palavras, quanto mais profunda a queimadura, maior o estrago e maior o seu grau.
Também chamada de queimadura superficial, são aquelas que atingem apenas a epiderme, a primeira camada da pele. Os sintomas são intensa dor e vermelhidão local. A lesão da queimadura de 1º grau é seca e não produz bolhas, e geralmente melhora num intervalo de 3 a 6 dias, podendo descamar, e não deixa sequelas.
De acordo com a Sociedade Brasileira de Queimaduras (SBQ), existem duas classificações para as queimaduras de 2º grau: superficial e profunda.
A queimadura de 2º grau superficial é aquela que atinge a epiderme e uma porção superficial da derme (a segunda camada da pele). Os sintomas são os mesmos da queimadura de 1º grau, incluindo ainda o aparecimento de bolhas e uma aparência úmida da lesão. A cura é mais demorada, podendo levar até 3 semanas e não costuma deixar cicatriz.
Já as queimaduras de 2º grau profunda são aquelas que atinge totalmente a derme, e se assemelham muito às queimaduras de 3º grau. Como há risco de destruição das terminações nervosas da pele, este tipo de queimadura é considerado mais grave e também mais doloroso que as de primeiro grau. A recuperação demora mais que 3 semanas e costuma deixar cicatrizes.
Este é o tipo mais grave. São queimaduras profundas que atingem toda a derme e acometem ainda os tecidos subcutâneos, destruindo glândulas sudoríparas, folículos capilares, nervos e capilares sanguíneos, podendo atingir até mesmo músculos, tendões e ossos. Essas lesões se caracterizam por serem esbranquiçadas/acinzentadas, secas, indolores e deformantes. As queimaduras de 3º grau não curam sem apoio cirúrgico, sendo necessária a aplicação de enxertos de pele (a retirada de pele saudável de outra região do corpo).
Para determinar a gravidade de uma queimadura, os médicos calculam a profundidade e o percentual da superfície do corpo acometido por queimaduras de segundo ou terceiro graus. A partir disso, elas podem ser classificadas como leves, moderadas e graves. A gravidade determina o prognóstico de cura e a probabilidade de complicações.
O cálculo é feito pelos médicos através de tabelas especiais que dividem percentualmente a superfície corporal de diversas partes do corpo:
- Todas as queimaduras de 1º grau
- Queimaduras de 2º grau que representam menos de 10% da superfície corporal
- Queimaduras que envolvem mãos, pés, a face ou os genitais
- Queimaduras de segundo grau que envolvem mais de 10% da superfície corporal
- Todas as queimaduras de terceiro grau que envolvem mais de 1% da superfície corporal
Os principais agentes causadores de queimaduras, segundo a SBQ, são:
O primeiro cuidado em caso de queimaduras deve ser interromper o agente causador, ou seja, cortar o contato da causa com a pele do acometido.
Para queimaduras leves, o recomendado é lavar o local atingido com água corrente em temperatura ambiente, até que a área queimada seja resfriada. Em queimaduras graves, na maioria dos casos é necessário a hospitalização e o tratamento das complicações. Seja como for, os tratamentos variam conforme o tipo de queimadura, e só um médico sabe como tratar cada tipo.
Busque o auxílio de um profissional de saúde no posto de atendimento mais próximo do local do acidente, para que sejam tomadas as devidas providências necessárias o mais rápido possível, para garantir o sucesso da recuperação e evitar o agravamento da lesão. Se não houver um posto de saúde nas proximidades, acione os serviços de socorro do SAMU e do Corpo de Bombeiros.
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