As análises laboratoriais de intolerância, de alergia e de sensibilidade alimentar são diferentes. Ultimamente algumas terminologias e designações têm sido utilizadas sem um consenso de nomenclatura, não tendo sido alcançada unanimidade de opinião entre os vários especialistas clínicos e laboratoriais sobre estes termos.
Classicamente define-se como intolerância alimentar a ausência ou deficiência de uma enzima digestiva que dificulta ou impossibilita a digestão de um grupo de alimentos. O diagnóstico das intolerâncias alimentares é essencialmente clínico, não havendo testes laboratoriais, com algumas exceções, como no caso da doença celíaca (intolerância ao glúten).
Das reações onde o sistema imunitário reage a um alimento através da produção de uma imunoglobulina, há a possibilidade de detecção laboratorial. De acordo com a Sociedade Brasileira de Alergia e Imunologia (ASBAI), a alergia alimentar é uma resposta exagerada do organismo a determinadas proteínas presentes nos alimentos. Na alergia alimentar ocorrem reações clínicas exuberantes e bem definidas momentos após a ingestão do alimento em causa, levando à produção de imunoglobulinas do tipo IgE. A pesquisa de imunoglobulina e IgE específica, nestes casos, se positiva, determina a alergia a determinado alimento.
A sensibilidade alimentar, por sua vez, provoca reação retardada, algumas horas ou dias após a ingestão do alimento causa. As reações não são tão fortes e também não parecem relacionadas à ingestão dos alimentos. Nos casos de sensibilidade alimentar há a produção de imunoglobulinas IgG e a pesquisa de IgG específica para o alimento, quando positiva, determina a fonte de sensibilidade.
Há evidências clínicas de que a eliminação da dieta de alimentos identificados pela pesquisa de IgG laboratorial em pacientes portadores de síndrome do cólon irritável e complicações digestivas, contribua significativamente para melhorias na sintomatologia. Outras patologias sistêmicas também têm sido investigadas, assim como processos inflamatórios crônicos e doenças autoimunes e degenerativas.
O Richet Medicina & Diagnóstico disponibiliza teste quantitativo para a investigação de sensibilidade a alimentos mediada por IgG para um painel de 221 alimentos pela técnica de Microarray ELISA (microarranjos). Dentre os grupos de alimentos investigados, encontram-se Laticínios, Peixes e Frutos do Mar, Cereais, Frutas, Ervas e Especiarias, Carnes, Frutos Secos, Nozes e Castanhas, Vegetais. O teste é realizado em amostras de sangue colhidas em tubo de soro com gel e a reação de intolerância aos alimentos é expressa pela concentração do nível de IgG (U/ml) específico no alimento.
O teste de anticorpos IgG 221 alimentos mede as reações alégicas mediadas pelo sistema imunológico de Tipo III, mediadas por IgG (imunoglobulina G), estas são responsáveis pelo "início atrasado" dos sintomas, que podem ocorrer em algumas horas ou dias após a ingestão do alimento. Os sintomas incluem: Ansiedade depressão, dores de cabeça/enxaqueca, fadiga, hipertensão, eczema, asma, dores nas juntas, rinite crônica, artrite, problemas relacionados ao peso e fibromialgia.
Alfa-lactoalbumina; beta-lactoalbumina; leite de búfala; caseína; leite de vaca; clara de ovo; leite de cabra; leite de ovelha
Cevada; trigo sarraceno; milho; cuscuz; sêmola trigo duro; linhaça; gliadina; malte; milhete (painço); aveia; polenta; quinoa; arroz; centeio; espelta; transglutaminase; trigo; germe de trigo
Carne de vaca; carneiro; avestruz; touro; perdiz; porco; codorna; coelho; peru; vitela; veado; javali; cabrito; frango; pato; cavalo
Maçã; damasco; abacate; banana; amora (blackberry); cassis; mirtilo; cereja; oxicoco; tâmara; figo; uva; toranja; goiaba; kiwi; limão; lima; lichia; manga; melão; amora; nectarina; azeitona; laranja; mamão papaia; pêssego; pera; abacaxi; ameixa vermelha; romã; uva passa; framboesa; groselha vermelha; morango; tangerina; tomate; melancia; caju
Alcaçuz; noz moscada; salsa; pimenta do reino; babosa; anis; manjericão; louro; camomila; pimenta caiena; tomilho; estragão; baunilha; semente de mostarda; urtiga; sálvia; açafrão; alecrim; pimenta chilli; menta; hortelã; orégano; lúpulo; ginseng; ginkgo biloba; gengibre; alho; endreo; curry; cominho; coentro; cravo da índia; canela
Coco; avelã; macadâmia; amendoim; pinhão; pistache; chufa; noz; amêndoa; castanha do pará; castanha
Lentilha; abóbora; alface; amaranto; medula vegetal; alcachofra; cebola; aspargos; ervilha; beringela; mistura de pimentas; fava de feijão; batata; feijão verde; rabanete; feijão vermelho; feijão branco; alho poró; erva doce; pepino; chicória; grão de bico; acelga; aipo; couve flor; cenoura; alcaparra; repolho roxo; repolho; couve de bruxelas; brócolis; beterraba; chalotas; rúcula; endívias; ruibarbo; soja; espinafre; batata doce; nabo; agrião; mandioca
Alga espaguete; alga espirulina; alga wakame; anchova; craca; robalo; carpa; caviar; vôngole; berbigão; bacalhau; caranguejo; siba; solha; lingueirão; salmão; sardinha; vieiras; camarão; linguado; lula; peixe espada; truta; atum; rodovalho; buzio; dourado; enguia; hadoque; merluza; arenque; lagosta; cavala; tamboril; mexilhão; polvo; ostra; perca; lucio
Agar agar; cana de açúcar; alfarroba; cacau; café; noz de cola; mel; cogumelo; canola; gergelim; semente de girassol; tapioca; chá preto; chá verde; fermento de pão; fermento de cerveja
Fontes: Associação Brasileira de Alergia e Imunologia (ASBAI)