O câncer de mama continua sendo um problema de saúde pública mundial e no Brasil pelo menos 49 mil casos são diagnosticados anualmente, segundo estimativas do INCA.
A médica Marcela Balaro, radiologista e coordenadora do Núcleo de Mama do Richet Medicina e Diagnóstico, fala um pouco sobre os métodos diagnósticos para o câncer de mama.
Quatro tipos de exames estão disponíveis para o diagnóstico: Mamografia, Tomossíntese Mamária, Ultrassonografia Mamária e Ressonância Nuclear Magnética (conhecida popularmente apenas como Ressonância Magnética ou RM) da mama.
O exame ideal para o rastreamento da doença ainda é a Mamografia; atualmente a Mamografia Digital. Esse método é o melhor para o diagnóstico precoce em pacientes sem sintomas.
Os outros exames entram como métodos complementares a um primeiro exame.
A ultrassonografia ajuda muito no caso de pacientes jovens e a ressonância magnética para as mulheres de alto risco.
A Tomossíntese Mamária aparece como um novo método que veio para melhorar o diagnóstico. Este exame utiliza o mesmo aparelho da mamografia. Alguns trabalhos científicos já mostram a superioridade desse método e Sociedades de Especialidades Médicas já recomendam a tomossíntese no lugar da mamografia.
O exame indicado ainda é a mamografia digital, e não existe contraindicação alguma para se fazer uma mamografia em pacientes com prótese mamária. O exame pode ser complementado para avaliar o tecido mamário.
A ultrassonografia é um método que também auxilia a avaliação de pacientes com prótese mamária. Porém, no caso de necessidade do estudo do implante (prótese) a ressonância nuclear magnética é o exame de escolha.
A densidade mamária é uma limitação da mamografia. Por conta disso, com a tomossíntese pode mostrar uma melhor avaliação da mama, já que este exame faz uma avaliação tridimensional da mama.
Nas pacientes jovens e com mamas densas a tomossíntese é a melhor opção.
Todos os métodos são seguros nesse sentido. Entretanto, a tomossíntese é o exame que permite o diagnóstico com menor necessidade de outras incidências, ou seja, outras radiografias.
As mulheres jovens, que estão preocupadas com a radiação usada nos exames, podem ser submetidas à ultrassonografia mamária, exame que não usa radiação.
Um ponto importante a se lembrar é que a quantidade de radiação recebida, ao se fazer um exame, deve ser analisada em termos de radiação acumulada ao longo do tempo e principalmente com relação à frequência. Se uma mulher se submeter a uma mamografia anual, após os 40 anos (recomendação no Brasil da Sociedade de Mastologia), ela não irá receber uma dose de radiação que possa comprometer sua saúde.