Inúmeras variantes do SARS-CoV-2 estão circulando globalmente, algumas dessas novas variantes foram descritas recentemente.
No Reino Unido (UK), uma nova cepa variante de SARS-CoV-2 (conhecida como linhagem 20B / 501Y.V1, VOC 202012/01 ou B.1.1.7) surgiu com um número atipicamente superior de mutações. Desde então, essa variante foi detectada em vários países ao redor do mundo, incluindo nos Estados Unidos (EUA), Canadá e Brasil, dentre outros.
Na África do Sul, outra variante do SARS-CoV-2 (conhecida como linhagem 20C / 501Y.V2 ou B.1.351) emergiu independentemente da linhagem B.1.1.7. Esta variante compartilha algumas mutações com a linhagem B.1.1.7. Os casos atribuídos a esta variante foram detectados fora da África do Sul.
O que se sabe até agora sobre essas variantes?
- Dentre outras mutações, esta variante tem uma mutação no domínio de ligação ao receptor (RBD) da proteína Spike (S). Estima-se que essa variante tenha surgido pela primeira vez no Reino Unido em setembro de 2020 e desde então, vários países relataram casos da linhagem B.1.1.7.
- Indicadores epidemiológicos preliminares sugerem que esta variante está associada a maior transmissibilidade (ou seja, transmissão mais eficiente e mais rápida).
- Atualmente, não há evidências que sugiram que a variante tenha qualquer impacto na gravidade da doença ou na eficácia da vacina.
- A grande maioria dos testes comerciais de reação em cadeia da polimerase, transcrição reversa (RT-PCR) utiliza sondas com vários alvos para detectar a presença do vírus em amostras clínicas, de modo que, mesmo que uma mutação afete um dos alvos (S) do teste RT-PCR, os outros ainda funcionarão e serão detectados, não comprometendo o seu desempenho. Essa informação foi recentemente ratificada por um comunicado da ANVISA, recomendando que sejam utilizados testes de RT-PCR para SARS-CoV-2 com mais de um alvo; o que é o caso de quase toda a totalidade dos testes comerciais disponíveis no Brasil. Portanto, não existe motivos para preocupação em relação à possibilidade da nova cepa UK B.1.1.7 não ser detectada pelos testes utilizados na grande maioria dos laboratórios brasileiros.
- As plataformas disponíveis para a realização dos testes RT-PCR utilizadas pelo Richet, utilizam diferentes sondas, que possibilitam a detecção de vários alvos para o diagnostico do SARS-Cov-2, não havendo, portanto, perda de desempenho ou sensibilidade nos ensaios utilizados.
Plataformas de testes de RT-PCR para SARS-CoV-2 disponíveis no Richet e os genes detectados: