A microbiota é a comunidade de microrganismos (bactérias, fungos, vírus e etc.) que habitam nosso corpo, e suas interações com mecanismos fisiopatológicos tem sido objeto de estudo intensivo nos últimos anos, inclusive com foco na Oncologia. A literatura científica atual mostra que a microbiota pode desempenhar um papel importante na carcinogênese, através da ativação de vias oncogênicas, genotoxicidade e modulação do sistema imune.
• Cerca de 15-20% dos cânceres são causados por agentes infecciosos.
• Pacientes com câncer colorretal (CCR) possuem microbiota intestinal distinta, com a presença de fusobactérias, especialmente F. nucleatum, associada a tumores mais avançados.
• Microrganismos danificam o DNA, interferem nos mecanismos de reparo do DNA e promovem inflamação.
• Produção de compostos tóxicos e inflamação são mecanismos-chave de carcinogênese mediados pela microbiota.
• Proliferação e Disseminação Descontroladas
• A microbiota regula genes relacionados à resposta imune e controle do ciclo celular, influenciando a proliferação celular.
• As células cancerígenas evitam a supressão do crescimento, sendo insensíveis aos sinais regulatórios.
• A microbiota regula genes relacionados à resposta imune e controle do ciclo celular, influenciando a proliferação celular.
• As células cancerígenas evitam a supressão do crescimento, sendo insensíveis aos sinais regulatórios.
• Microrganismos danificam o DNA e perturbam os mecanismos de reparo, aumentando a instabilidade genômica.
• Espécies reativas de oxigênio (EROs) e espécies reativas de nitrogênio (ERNs) promovem inflamação crônica, contribuindo para o dano ao DNA.
• O ambiente inflamatório favorece a iniciação e progressão do tumor, combinado com as capacidades imunossupressoras dos tumores malignos.
Alguns estudos destacam algumas espécies como biomarcadores de desenvolvimento de câncer, eventos adversos e eficácia de imunoterápicos e quimioterápicos.
• Câncer Colorretal (CCA): alguns exemplos de espécies de bactérias relacionadas ao CCA já foram descritas.
• Escherichia coli pks+ → produz colibactina - um metabólito secundário que promove ligação cruzada em sítios específicos do DNA → causa genotoxicidade.
• Bacteroides fragilis enterotoxigênica → induz inflamação crônica.
• Fusobacterium nucleatum → não é comum na microbiota intestinal → ativa vias de proliferação do tumor.
• Câncer Cervical: a depleção de Lactobacillus na microbiota pode levar a um ambiente pró-inflamatório, aumentando a proliferação de células malignas e a expressão de genes do HPV ligados ao surgimento de tumores. Mulheres com microbiomas vaginais não dominados por Lactobacillus ou dominados por L. iners possuem um risco aumentado de infecção por HPV e neoplasias cervicais em comparação com aquelas dominadas por L. crispatus.
• Câncer de Pâncreas: as espécies pró inflamatórias Streptococcus e Veillonella foram encontradas em alta abundância em pacientes com câncer de pâncreas, enquanto produtores de SCFA (como Faecalibacterium prausnitzii, Eubacterium rectale e Ruminococcus bicirculans) estavam reduzidos. A maior abundância de produtores de SCFA no intestino em relação a Ruminococcus torques, Haemophilus parainfluenzae e Neisseria bacilliformis foi associada a uma sobrevida global prolongada (OS). Novas taxonomias, como Romboutsia timonensis e Methanobrevibacter smithii, destacaram-se como associadas negativa e positivamente, respectivamente, ao diagnóstico dessa malignidade.
Imunoterapia: ICI
• Anti PD-L1: estudos mostram que espécies de Bifidobacterium spp., foram capazes de aprimorar a eficácia antitumoral do bloqueio de checkpoint PD-L1.
• Anti PD-1: um estudo demonstrou que houve alta abundância de Faecalibacterium foi considerada favorável, enquanto a alta abundância de Bacteroides foi considerada desfavorável em relação à resposta à imunoterapia anti-PD-1 em pacientes com melanoma metastático.
• Anti CTLA-4: estudos mostram que Bacteroides thetaiotaomicron e Bacteroides fragilis foram associados a uma maior eficácia do inibidor CTLA-4.
Quimioterapia:
• Gemcitabina: certas bactérias intestinais, como gammaproteobactérias, metabolizam a gemcitabina, reduzindo sua eficácia no tratamento do câncer. O butirato, produzido pela fermentação bacteriana, potencializa os efeitos terapêuticos da gemcitabina, induzindo a apoptose nas células tumorais.
• Irinotecano: o irinotecano é metabolizado no fígado e no intestino, onde a re-transformação do SN-38 por enzimas bacterianas pode contribuir para sua toxicidade. Pacientes submetidos a terapia de condicionamento mieloablativo ou transplante de células hematopoiéticas apresentam alterações na microbiota intestinal, cujos papéis na tumorigênese e nos efeitos adversos da quimioterapia necessitam de estudos adicionais.
Conheça nossos painéis diagnósticos do microbioma disponíveis:
• Avaliação da microbiota intestinal
• Identificação de bactérias com perfil inflamatório
• Identificação de bactérias potencialmente relacionadas a efeitos adversos de imunoterapia e quimioterapia, baseado em evidências científicas
• Identificação de taxonomias associadas ao câncer colorretal
• Avaliação da microbiota vaginal (bactérias e fungos)
• Identificação do perfil da microbiota vaginal (protetivo ou suscetível)
• Identificação do Tipo de microbiota vaginal
• Análise por sequenciamento de DNA dos subtipos de HPV
Os painéis diagnósticos do microbioma podem ser realizados em todas as unidades Richet ou através do atendimento domiciliar.
Visando oferecer um suporte personalizado e eficiente para todas as suas necessidades, disponibilizamos canais diretos e exclusivos para o colega médico, onde é possível tanto realizar solicitações, notificações de urgência, auxílio no acesso a resultados de exames, bem como para discussões de casos e resultados com nossa equipe médica e demais profissionais da saúde.
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