A Tomossíntese Mamária é um tipo de tecnologia mais avançada da Mamografia Digital, aprovada em 2011 pelo Food and Drug Administration (FDA). Nesta técnica, o tubo de raios-X do mamógrafo se movimenta, resultando em cortes sequenciais, permitindo a visualização tridimensional da mama.
As imagens obtidas também podem ser reconstruídas numa imagem mamográfica em duas dimensões (imagens sintetizadas). Acrescenta-se ainda que a dose de radiação do método não excede a dose glandular média de segurança.
A técnica de Tomossíntese Mamária minimiza os efeitos da sobreposição de tecido mamário, inerente das mamografias convencionais em 2D. A sobreposição de tecido mamário pode tanto ocultar algumas lesões, gerando resultados falsos-negativos como criar falsas lesões, gerando resultados falsos-positivos e biópsias desnecessárias. A visualização tridimensional possibilita a melhor caracterização das lesões, resultando num menor número de reconvocações, complementações e, consequentemente, numa menor exposição à radiação.
Mamografia - nódulo no quadrante inferior
Tomossíntese Mamária - melhor definição da lesão por redução da sobreposição do parênquima mamário.
Um estudo de revisão publicado na Journal of the National Cancer Institute, em agosto de 2018 (Breast Cancer Screening Using Tomosynthesis or Mammography: A Meta-analysis of Cancer Detection and Recall) concluiu que a tomossíntese pode aumentar a acurácia da detecção do câncer de mama em 1,6 casos em 1000 rastreamentos, além de reduzir as taxas de reconvocações em cerca de 2,2%.
Assim, a tomossíntese é considerada como uma alternativa para o rastreamento do câncer de mama, segundo as recomendações do NCCN (National Comprehensive Cancer Network® - Version 1.2019 — May 17, 2019), notadamente devido à redução nas taxas de reconvocação e melhora nas taxas de detecção.