Pesquisadores da Universidade Federal do Rio de Janeiro – UFRJ - divulgaram a descoberta do vírus circulando de forma autóctone no Estado do Rio de Janeiro. Essa descoberta não foi uma surpresa, pois o vírus Mayaro está presente na região Norte do Brasil e eventualmente era diagnosticado em casos “importados” por viajantes.
Segundo Helio Magarinos Torres Filho, diretor médico do Richet Medicina e Diagnóstico, existem poucas opções de diagnóstico no mercado, e estas não estão disponíveis comercialmente.
A estratégia para detecção do Mayaro vai seguir o roteiro básico das viroses. Como as arboviroses que estão circulando no nosso meio têm sintomas semelhantes, as amostras devem ser colhidas no período entre o quinto e sétimo dia de sintomas, para permitir a formação dos anticorpos, que são os marcadores da formação de defesas pelo nosso organismo.
A Dengue, Chikungunya e Zika podem ter os mesmos sintomas, porém com cursos clínicos diferentes. Daí a importância de que o diagnóstico diferencial seja definido.
Nos primeiros dias de sintomas para Dengue, Zika e Chikungunya a pesquisa de fragmentos do vírus pela técnica de PCR é a mais indicada. Atualmente já existe um teste, chamado Teste Triplo, onde o exame de PCR é feito buscando fragmentos dos três tipos de vírus.
Para o vírus Mayaro, ainda não existe um teste sensível capaz de fazer o diagnóstico com a técnica de PCR.
Já após o quinto dia de sintomas, os exames indicados para o diagnóstico das arboviroses passam a ser os de pesquisa de anticorpos, sejam anticorpos de resposta rápida, tipo IGM, e depois os do tipo IGG, de resposta de defesa de longa duração.
Nessa época do ano as viroses respiratórias são um problema mais comum e para essas viroses mais comuns existem também testes mais específicos.
Além dos testes rápidos para o vírus Influenza, que atualmente são capazes de indicar qual a cepa de influenza que está causando os sintomas, existe um exame chamado Painel Respiratório, capaz de identificar 22 tipos de vírus que atacam o aparelho respiratório, como por exemplo o Vírus Sincicial Respiratório SRV, que causa quadros graves em crianças. Também é possível identificar o ParaInfluenza Vírus e outros que, por sintomas semelhantes, podem trazer dificuldade diagnóstica para os colegas que estão nos consultórios e ambulatórios, diante de pacientes que podem correr riscos, como crianças e idosos.
O exame é feito de forma simples, com coleta de um swab nasal, facilitando o processamento e resposta do teste.
Existem testes para Febre Amarela, disponíveis na rede privada com determinação rápida, além sarampo e caxumba que tem exames disponíveis através da pesquisa de sorologia desses vírus.
Os laboratórios estão preparados para prestar esse serviço ao mercado de forma rápida e eficiente.