Você sabia que “dor de cabeça” e “cefaleia” são a mesma coisa?


17.12.19

Não importa o nome, mas quem sofre desta condição clínica sabe que a cefaleia pode ser tão desconfortável e intensa que pode impedir o indivíduo de desempenhar atividades banais do dia a dia como estudar, trabalhar ou até mesmo sair da cama.

Algumas pessoas têm cefaleias leves e eventuais, que cedem facilmente com medicações simples. Outras têm padrão frequente e são mais intensas, podendo ter caráter crônico.

Há causas mais simples e corriqueiras que podem ser facilmente contornadas, como as dores de cabeça de natureza tensional relacionadas a estresse, ansiedade, cansaço, fome, desidratação, má postura ou até problemas de visão.

Também podem ser secundárias a quadros infecciosos nos seios da face (sinusite), nas orelhas (otite), nas mastoides, de origem dentária ou até intracranianas (abcessos ou meningite).

Há cefaleias recorrentes e de forte intensidade que podem ser categorizadas como “enxaquecas”. O padrão mais comum se apresenta como dor pulsátil intensa em um dos lados da cabeça, acompanhada de náuseas ou vômitos, fotofobia (sensibilidade ou aversão a qualquer tipo de luminosidade), fonofobia (sensibilidade aumentada ou aversão a sons) e incapacidade para desempenhar atividades cotidianas, podendo durar de 4 horas a 3 dias se não tratadas adequadamente.

Existem sintomas que servem de alerta e podem sugerir causas secundárias mais sérias para as cefaleias, tais como: alteração do padrão da dor de cabeça (em intensidade ou frequência); se é diária ou contínua; apresentação relacionada a esforço físico, esportivo ou sexual; quando associada a alterações na personalidade ou do nível de consciência da pessoa; de início súbito e “explosivo” com progressão rápida em segundos ou poucos minutos; que acorda a pessoa durante o sono; relacionada a histórico de trauma craniano; que passou a existir depois dos 50 anos de idade; ou “a pior dor de cabeça da vida”.

Em situações como estas, o médico assistente, após exame físico detalhado vai poder verificar que medidas de investigação clínica, laboratorial ou por imagem podem e devem ser aplicadas ou escolhidas.

Como a dor de cabeça pode ser sintoma comum a várias doenças, o ideal é que você mantenha um registro das suas dores de cabeça, como em um diário. Pode ser muito útil para que seu médico entenda como e quando elas ocorrem, contribuindo para o diagnóstico.


Dentre os métodos de imagem de mais fácil acesso, o médico assistente pode lançar mão da tomografia computadorizada ou da ressonância magnética para avaliação anatômica do cérebro/estruturas intracranianas ou da região cervical, ou dos vasos arteriais ou venosos destas regiões.

O uso de algum destes métodos de imagem pode ajudar a definir que está tudo bem do ponto de vista anatômico das estruturas dentro ou ao redor da cabeça. Eles irão permitir afastar causas como aneurismas, meningite, tumores, acidentes vasculares isquêmicos ou hemorrágicos (“derrames”), dentre outras condições.

É importante salientar que a pessoa que sofre de cefaleia ou enxaqueca deve evitar a automedicação. É ideal que seja avaliada por profissional médico que possa orientá-la na investigação e na definição do tratamento, que pode ser medicamentoso ou não.

 

 

 

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Saiba aqui as principais características dos métodos de imagem:

Tomografia Computadorizada – exame de fácil e rápida execução, bastante interessante no rastreio inicial das cefaleias, sobretudo em pacientes claustrofóbicos ou agitados. É um método que usa radiação ionizante para a formação das suas imagens, devendo ser utilizado de forma parcimoniosa em crianças, e evitado em mulheres grávidas. Também permite a avaliação das artérias e veias com a administração do meio de contraste).

Ressonância Magnética – permite estudo extremamente rico e detalhado do tecido cerebral e das diversas estruturas intracranianas, assim como dos vasos arteriais e venosos. As imagens são obtidas através de pulsos de radiofrequências audíveis, sem utilização de radiação ionizante. Estudos angiográficos das artérias cerebrais podem ser adquiridos sem a administração venosa do contraste específico. A avaliação das veias idealmente deve ser realizada com a administração de contraste.

Pelo fato do magneto da ressonância magnética (RM) ser um grande imã, algumas situações contraindicam a sua realização, tais como uso de marcapasso, neuroestimuladores ou clipes de aneurismas não compatíveis com a RM. Neste caso, sempre converse com seu médico ou com a nossa equipe de radiologistas para ter certeza da compatibilidade. Nem sempre são contraindicados.

Contraste – cada método de imagem tem um meio de contraste específico. A via de administração é venosa. Contamos com equipe de enfermagem dedicada e muito bem treinada, e de equipamentos para auxiliar a localizar até as "veias mais difíceis". Na tomografia computadorizada utiliza-se o meio de contraste iodado. Na ressonância magnética, faz-se o uso do gadolíneo (contraste paramagnético).

Há algumas situações onde o meio de contraste pode não ser indicado. Por isso é importante saber como está sua função renal. E em casos de alergia específica aos meios de contraste, existe a possibilidade de o paciente realizar um preparo antialérgico. 

Para um diagnóstico mais preciso, o Richet Medicina & Diagnóstico oferece exames de diagnóstico por imagem.

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