A tireoide é uma glândula que produz hormônios responsáveis pelo controle do organismo. Fica localizada na parte anterior do pescoço (na frente dos anéis da traqueia), entre o pomo de adão e a base do pescoço, e é tipicamente representada por uma borboleta, por conta de seu formato semelhante a uma letra H, tendo um istmo central e dois lobos, um de cada lado. Vale destacar também que, em relação a outros órgãos do corpo humano, a tireoide é relativamente pequena, mas é uma das maiores glândulas: pode chegar a até 25 gramas em uma pessoa adulta.
É ela a responsável por produzir os chamados hormônios tireoidianos T3 (triiodotironina) e T4 (tiroxina). A glândula tireoidiana e seus hormônios atuam em todos os sistemas do nosso organismo, regulando funções de importantes órgãos como o coração, o cérebro, o fígado e os rins. Ela age em diversos controles e ciclos, como os batimentos cardíacos, os movimentos intestinais, a capacidade de concentração do cérebro, o tônus da musculatura, a regulação dos ciclos menstruais, a fertilidade e a respiração celular. Controla, também, o armazenamento e a utilização de iodo e cálcio. Desta forma, a tireoide pode interferir diretamente no crescimento e desenvolvimento das crianças e adolescentes, bem como numa série de atividades do corpo, como peso, memória, concentração e até mesmo humor e controle emocional.
Problemas na tireoide podem aparecer em qualquer fase da vida, desde o recém-nascido ao idoso, assim como em homens e mulheres. Por isso é fundamental que ela esteja em perfeito estado de funcionamento, para garantir o equilíbrio e a harmonia do organismo. Quando a glândula não funciona corretamente, ocorrem os chamados distúrbios da tireoide.
Como dissemos acima, os distúrbios da tireoide ocorrem quando a glândula deixa de funcionar corretamente. Esse problema no seu funcionamento faz com que ela possa vir a produzir mais ou menos hormônios do que o normal. Em outras palavras, quando a tireoide não funciona de maneira correta, ela pode liberar hormônios em excesso (o hipertireoidismo) ou em quantidade insuficiente (o hipotireoidismo). Em ambas as situações, o volume da glândula pode aumentar, o que é conhecido como bócio.
O hipertireoidismo se desenvolve quando há uma produção excessiva dos hormônios da tireoide (T3 e T4), ou seja, quando a produção é maior do que o corpo necessita para desempenhar suas atividades. Nessa condição, tudo no nosso corpo começa a funcionar rápido demais: o coração acelera, o intestino solta. A pessoa começa a dormir pouco, fica agitada, ansiosa, falando e gesticulando muito. É como se o organismo tentasse estimular cada vez mais o indivíduo, por perceber que ele está com bastante “combustível”. Uma característica comum é que, nessas circunstâncias, a pessoa se sente com muita energia, mas ao mesmo tempo se sente muito exaurida.
Em sua forma mais branda, o hipertireoidismo pode apenas manifestar sintomas que não são específicos, como fraqueza e sensação de desconforto, ou até mesmo não apresentar quaisquer sintomas perceptíveis. Mas o hipertireoidismo pode ser extremamente grave e pode colocar em risco a vida da pessoa.
É justamente o oposto do hiper: é a produção insuficiente de hormônios, em quantidade menor que o corpo necessita para desempenhar suas atividades de maneira adequada. Com a falta dos hormônios tireoidianos, tudo começa a funcionar mais lentamente: o coração bate mais devagar, o intestino prende e o crescimento (da criança e do adolescente) pode ser comprometido. É como se o organismo tentasse “frear” o indivíduo, por perceber que ele não tem “combustível” suficiente a ser gasto e precisa economizar.
O bócio é um aumento no volume da tireoide, e pode ocorrer tanto no hipertireoidismo como no hipotireoidismo. Pode ser detectado facilmente, através do autoexame.
Um dos problemas mais frequentes da tireoide são os nódulos, que não apresentam manifestações sintomáticas. De acordo com a Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM), calcula-se que 60% da população brasileira tenha nódulos na tireoide em algum momento da vida, não necessariamente malignos: somente 5% destes nódulos são potencialmente cancerosos.
Embora seja um percentual relativamente pequeno, é preciso ter muita atenção, e recomenda-se a palpação da tireoide, um autoexame simples e fácil de ser feito. A identificação precoce de um nódulo pode salvar a vida da pessoa, pois, uma vez reconhecido o nódulo, o médico endocrinologista solicitará exames para confirmar a presença ou não de câncer e, se necessário, iniciar o tratamento adequado.
Um dado estatístico importante é que cerca de 10% das mulheres acima de 40 anos, e 20% das que possuem mais de 60, manifestam algum problema na tireoide. Ainda que não tenha sido descoberta a razão do mau funcionamento da glândula ocorrer aparentemente com mais frequência entre o sexo feminino, os endocrinologistas orientam que mulheres acima dos 40 anos façam o autoexame da tireoide com frequência.
Porém, como já mencionamos acima, é importante estar atento, já que todas as pessoas, independente de idade ou sexo, estão sujeitas a alterações na glândula tireoidiana.
Para realizar o autoexame, você precisará de um copo com água e um espelho (preferencialmente de mão, para segurar mais próximo ao corpo).
O diagnóstico dos distúrbios da tireoide pode ser feito com exames que detectam os níveis de TSH (hormônio estimulante da tireoide), e os hormônios T3 e T4. O diagnóstico também pode ser feito através de exame de imagem, com a ultrassonografia com doppler. O Doppler numa análise mais profunda, pois acrescenta mais dados aos exames.
Como o hipotireoidismo também afeta recém-nascidos, a disfunção, nestes casos, é diagnosticada pelo conhecido Teste do Pezinho.
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É importante frisar que o tratamento da doença de tireoide depende do tipo de distúrbio: o tratamento pode incluir apenas acompanhamento clínico, bem como o uso de medicamentos, porém também pode exigir iodoterapia ou até mesmo cirurgia.
Seja qual for a disfunção, é preciso seguir exatamente as recomendações e prescrições médicas, para evitar complicações mais graves.
Para conscientizar a população sobre as doenças da tireoide e os cuidados necessários, foi criado o Dia Internacional da Tireoide, celebrado sempre no mês de maio, dia 25. A Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM) e o Departamento de Tireoide realizam atividades durante todo o mês, através de divulgação de informações importantes sobre a glândula.
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Fontes: Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM)
EnM Endocrinology and Metabolism