Existem alguns mitos e verdades quando abordamos a tireoide e seus distúrbios. E foi justamente com o intuito de levar informações corretas e de qualidade à população sobre o assunto, que a Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM) criou a campanha Mitos e Verdades, no Dia Internacional da Tireoide de 2018.
O propósito da ação era principalmente destruir as mentiras propagadas sobre a tireoide e as disfunções tireoidianas.
Infelizmente, problemas com a produção insuficiente dos hormônios tireoidianos (T3 e T4) é uma realidade para muitos brasileiros: cerca de 12% da população é afetada, especialmente mulheres e idosos.
Ganho de peso não significa necessariamente ganho de gordura. O quadro de hipotireoidismo resulta, sim, em mais peso na balança, porém isso é decorrente de maior acúmulo de líquidos no corpo.
Seria possível dizer que a indisposição causada pelo hipotireoidismo tira a vontade de se exercitar, por exemplo, o que resultaria em ganho de gordura. Mas não há dados científicos ou estudos que comprovem a relação entre a obesidade do paciente e o distúrbio tireoidiano.
A lógica é a mesma do item acima. A perda de peso não está atrelada necessariamente a uma qualidade, portanto não devemos entender a perda de peso causada pelo hipertireoidismo como um emagrecimento saudável. Ocorre que com o hipertireoidismo (ou a ingestão de hormônios sem indicação) há uma aceleração da perda de massa magra. Em outras palavras, o sujeito perde peso, mas da musculatura do corpo, e não da gordura.
Vale destacar também que o uso inadequado de hormônios pode causar arritmias, hipertensão e até mesmo manifestações que podem levar à morte.
Sim, é possível medir os níveis de TSH, T3 e T4 em exames de sangue, verificando a dosagem na circulação sanguínea. Porém, o médico endocrinologista pode solicitar exames complementares, dependendo do caso, do grau e dos resultados.
O ultrassom só deve ser realizado quando o médico suspeita de um problema mais sério, que exige uma análise mais profunda, que os exames de sangue, por exemplo, não conseguem detectar.
Também não é obrigatória a remoção de nódulos: é verdade que os nódulos na tireoide são muito frequentes, porém em apenas 5% dos casos eles são malignos, potencialmente cancerosos. É preciso reforçar que nódulos e cistos não são necessariamente sinônimos de câncer.
Com a baixa produção de hormônios tireoidianos, o organismo entende que é necessário economizar energia e o corpo começa a funcionar de maneira mais lenta. Os principais sintomas dessa doença são sonolência excessiva, falta de disposição, lentidão e dificuldade para exercer as tarefas e funções habituais, além de dificuldades de concentração e memorização.
Esta é uma das mentiras mais perigosas. Circula pela internet a informação de que um concentrado de iodo faria bem para a saúde, o que é um grande mito: em excesso, o iodo desencadeia danos sérios à glândula, podendo inclusive agravar (ou até mesmo causar) o hiper e o hipotireoidismo.
A quantidade necessária de iodo para o organismo pode ser obtida apenas com a alimentação, através do sal e alguns pescados, por exemplo.
Tanto o hipotireoidismo como o hipertireoidismo podem afetar a fertilidade. Além disso, se não tratados adequadamente, os distúrbios podem causar complicações na gestação e até mesmo para o feto.
Não há distinção de idade ou sexo: qualquer pessoa pode apresentar problemas na tireoide em qualquer fase da vida. Inclusive, os distúrbios tireoidianos podem interferir e prejudicar o crescimento e o desenvolvimento de crianças e adolescentes.
Embora menos comum, o hipotireoidismo é a forma mais grave, pois pode afetar o recém-nascido desde os primeiros dias de vida e, se não diagnosticado, pode causar déficits mentais irreversíveis. Para este caso, o Teste do Pezinho é capaz de identificá-lo.
Segundo a Sociedade de Endocrinologia e Metabologia (SBEM), a maioria desses estabelecimentos não atinge alta precisão ao formular o hormônio em microgramas. Além disso, outro aspecto levantado pela sociedade, é que os hormônios formulados não estariam sujeitos aos mesmos controles de qualidade dos medicamentos industrializados nem ao monitoramento da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
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Fontes: Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM)
EnM Endocrinology and Metabolism