Saiba mais sobre a Caxumba


24.10.16

*Atualizado em Maio/2018

A caxumba, também conhecida como papeira ou parotidite, é uma doença infecciosa provocada por um vírus da família paramyxovirus. A doença é caracterizada principalmente pela inflamação nas parótidas, mas também nas glândulas submaxilares e sublinguais. Seu período de incubação dura de duas a três semanas. 

Como ocorre a transmissão?

A transmissão da caxumba ocorre pelo ar, através do contato direto com secreções respiratórias de pessoas infectadas.

São raros os casos de reinfecção pelo vírus da caxumba, pois uma vez infectada, a pessoa adquire imunidade contra a doença. Entretanto, se a infecção se manifestou apenas de um lado, o outro pode ser afetado em outra ocasião.

Quais são os sintomas?

Os sintomas mais comuns são inchaço e dor nas laterais do pescoço, logo abaixo do maxilar, acompanhados de febre não muito elevada. Isso ocorre porque o vírus da caxumba provoca inflamação nas glândulas (parótidas, submandibulares e sublinguais) responsáveis pela produção de saliva, que ficam nesta região.

Complicações são raras e incluem a meningite viral, forma mais branda da infecção que atinge as membranas que envolvem o encéfalo; a orquite, inflamação dos testículos; e a ooforite (ou ovarite), inflamação dos ovários. Em raros casos, o agravamento da doença pode levar à surdez e esterilidade. Casos mais graves, com infecção do próprio tecido cerebral, o encéfalo, podem trazer risco de morte, mas são raríssimos. Na grande maioria dos casos, a doença cursa de forma branda e sem oferecer maiores riscos.  

Como prevenir?

A prevenção é simples, basta tomar a vacina tríplice viral, que protege contra caxumba, sarampo e rubéola. A vacina deve ser tomada em duas doses, sendo a primeira dose a partir de um ano de idade e a segunda entre 4 e 6 anos.

Diagnóstico e tratamento

O diagnóstico da caxumba é basicamente clínico, mas há exames de sangue que ajudam na identificação da presença de anticorpos contra o vírus da caxumba, que são realizados quando há necessidade de estabelecer um diagnóstico de certeza. São conhecidos como Anticorpos Anti Caxumba IgG e IgM. A presença de anticorpos do tipo IgG indica contato com o vírus no passado e imunidade adquirida, podendo estar presentes, por exemplo, em pessoas que foram vacinadas. Já os anticorpos do tipo IgM indicam infecção recente ou em atividade, estando compatível com a fase ativa da doença. Entretanto, existe uma limitação na pesquisa de anticorpos quando se trata de pessoas que foram vacinadas e adquirem a doença, que ocorre pelo fato de a imunidade da vacina ter duração limitada, em torno de 10 a 12 anos. Nestes casos, a presença de anticorpos do tipo IgM pode não ser evidenciada, ocorrendo apenas a presença de anticorpos do tipo IgG. Havendo suspeita clínica, o diagnóstico laboratorial deve ser feito através de dosagens seriadas de anticorpos do tipo IgG. Ocorrendo aumento significativo (> 4 vezes o inicial) em dosagens seriadas, existe uma grande probabilidade de se tratar de infecção pelo vírus da caxumba. 

A doença não tem um remédio específico, o tratamento consiste no uso de analgésicos para amenizar os sintomas de dor e mal-estar e fazer repouso para que o organismo combata o vírus.

Recomendações

Não se automedicar, nem medicar a criança antes de consultar um médico.

Consumir alimentos líquidos ou pastosos, que são mais fáceis de engolir.

Ficar em repouso até que tenham desaparecido os sintomas.