Conhecido como o alimento de ouro das crianças, o leite materno é um dos alimentos mais importantes para o desenvolvimento dos recém-nascidos. É chamado assim porque ele é o único alimento rico o suficiente para nutrir o bebê por, no mínimo, 6 meses de vida, e por até os dois primeiros anos de vida, além de ter tudo o que é necessário para a saúde da criança.
O leite materno também tem propriedades imunológicas, protegendo a criança de infecções respiratórias, alergias e diarreias. Além disso, ele também ajuda a prevenir cânceres, desenvolver o sistema nervoso e diminuir o risco de complicações e transtornos, como o Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH). A longo prazo, o leite materno também está associado ao menor risco de desenvolvimento de doenças como colesterol alto, diabetes, hipertensão e obesidade.
A amamentação também pode ter impactos significativos na vida adulta. De acordo com um estudo publicado pela revista The Lancet Global Health, há relações entre o período de amamentação na infância e os níveis de inteligência na vida adulta. Os pesquisadores acompanharam cerca de 3,5 mil recém-nascidos ao longo de trinta anos, até se tornarem adultos. Os dados obtidos identificaram que, quanto mais longo foi o período de aleitamento do recém-nascido, maior foi o resultado obtido por ele em testes de QI depois de adulto. A pesquisa também encontrou relações entre amamentação e o grau de escolaridade e a renda financeira.
Somente com estas informações já é possível ter dimensão do quanto são fundamentais campanhas que divulguem informações sobre o aleitamento materno e sua importância no desenvolvimento da criança. Segundo dados da Aliança Mundial para Ação em Aleitamento Materno (WABA, na sigla em inglês), calcula-se que, todos os anos, em todo o mundo, mais de 10 milhões de crianças com idade inferior a 5 anos morrem por doenças que poderiam ser prevenidas e tratadas. E segundo a Aliança Mundial para Ação em Aleitamento Materno, mais de 820 mil destas crianças poderiam ser salvas através de melhores taxas de amamentação, o que representa uma redução de 13% na mortalidade infantil nesta faixa etária.
A composição do leite materno passa por uma série de transformações, sempre acompanhando as necessidades do bebê. Essa composição se divide em três tipos, que mudam de acordo com o tempo de amamentação:
O colostro é o primeiro leite materno após o parto, e possui um aspecto mais espesso e amarelado. O colostro é rico em proteínas, anticorpos, vitaminas, lactose e sais minerais, e é considerado a “primeira vacina” do recém-nascido, por conter agentes de defesa que reforçam o sistema imunológico da criança. Ele protege contra infecções, ajuda na digestão e na limpeza do sistema digestivo do bebê.
Após o colostro, a gestante passa a produzir o leite de transição, tipo de leite que começa a ser produzido entre as duas primeiras semanas após o nascimento do bebê. Este leite possui aspecto mais esbranquiçado, menos amarelo que o colostro. O leite de transição é mais aguado (para hidratar o recém-nascido) e mais rico em gorduras, vitaminas, lactose e calorias (para alimentá-lo e contribuir para seu crescimento saudável).
Nesta fase do leite de transição há um aumento significativo do volume de produção. Mas apesar de ser muito positiva essa abundância de leite, a mulher precisa tomar alguns cuidados para não sofrer com ingurgitamento (mamas cheias e endurecidas) ou mastite (infecção decorrente das mamas não esvaziadas com frequência). Nestes casos de alta produção de leite, a melhor opção para as lactantes é doar uma parte para bancos de leite materno.
Após duas semanas do parto, o leite materno passa a ser considerado leite maduro. A produção do leite é mais controlada, diferente da fase do leite de transição. Por esta razão, muitas mulheres ficam preocupadas, acreditando que o leite está acabando. Isto é normal. Na verdade, o que ocorre é um período de regularização da produção em razão das necessidades do bebê.
O leite maduro, tal qual nas outras fases, é rico em nutrientes essenciais para a saúde da criança.
Outra preocupação das mamães durante o período de transição do leite é quando ele começa a esbranquiçar e ficar mais aguado, causando desconfiança de que ele esteja mais fraco. Isto também é normal e não quer dizer que o leite ficou menos nutritivo. É importante ressaltar que até mesmo mulheres desnutridas são capazes de produzir leite materno nutritivo, com tudo que o recém-nascido precisa.
É recomendável que sejam feitas mamadas frequentes, mas sem horário e duração pré-estabelecida. Não é necessário que o processo seja tão rigoroso. A mamada deve ser de acordo com os sinais de fome do bebê, e deve ser feita até que ele se sinta saciado. Os sinais de saciedade são espontâneos: o bebê solta a mama ou acaba adormecendo no colo da mãe.
Não existe uma regra. É um processo natural e a mãe vai notar se precisa trocar de mama caso perceba que o bebê ainda não esteja saciado. Isto vai sendo moldado aos poucos.
Não. A amamentação em público não deve ser proibida ou recriminada. Amamentar é um direito da mulher e do bebê, e a decisão de praticar o ato em público ou não cabe somente à mãe. Basta que a mulher se sinta segura e confortável. Para as demais pessoas ao redor, resta o respeito pelo momento.
Não, a “amamentação cruzada”, como é chamada, não é uma prática recomendada, e é considerada um risco para a saúde dos bebês e das mulheres que amamentam. Muitos microrganismos podem ser transmitidos neste cruzamento, inclusive o vírus do HIV.
A opção mais saudável — e também mais solidária — para estas mulheres que produzem muito leite é a doação. Coletar o excesso de leite e doá-lo para Bancos de Leite Materno é a melhor opção. Além de ser um procedimento adequado e seguro, o gesto ajudará a salvar vidas de outras crianças que necessitam do aleitamento.
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