Sabia que apenas um pote de leite materno doado pode alimentar até dez recém-nascidos por dia? Segundo dados do Ministério da Saúde, basta apenas 1ml para nutrir um bebê prematuro cada vez que ele é alimentado, dependendo do seu peso.
Mesmo assim, a Rede Global de Bancos de Leite Humano no Brasil consegue suprir apenas 60% da demanda para os recém-nascidos prematuros e de baixo peso internados nas UTIs neonatais do país. Isso significa que 40% desses bebês que precisam do leite materno para se alimentar não podem contar com ele, pois o número de doações ainda é baixo em relação a necessidade.
É por isso que o Ministério da Saúde, em parceria com a Rede Global de Bancos de Leite Humano, promove todos os anos a Campanha Nacional de Doação de Leite Humano. A campanha marca o Dia Mundial de Doação de Leite Humano, comemorado em 19 de maio, em vários países da América Latina, da África e da Europa. O objetivo é conscientizar e sensibilizar as mulheres que amamentam sobre a importância da doação de leite para a sobrevivência dos bebês internados.
A doação de leite materno ajuda a salvar a vida de milhares de recém-nascidos prematuros e de baixo peso (abaixo de 2,5 kg) internados, que não podem ser amamentados pela própria mãe. Somente no ano passado, a doação de leite materno no Brasil beneficiou 165 bebês internados, graças a solidariedade de 171 mil mamães doadoras. No total, foram 182 mil litros de leite coletados em 199 postos de coleta e 221 bancos de leite humano. E mesmo com números expressivos, a quantidade de recém-nascidos prematuros ainda é superior à de doações.
Além disso, bebês que estão internados e não podem ser amamentados pelas próprias mães têm a chance de receber os benefícios do leite materno através das doações. Com ele, a criança se desenvolve com saúde, tem mais chances de recuperação e fica protegida de infecções, diarreias e alergias.
Muitas mulheres que amamentam deixam de doar por acreditarem que, doando leite, ele acaba. Trata-se de um mito: na verdade, a produção do leite depende do esvaziamento da mama, ou seja, quanto mais a mulher amamentar ou esvaziar as mamas, mais leite ela produzirá.
Esses mitos e outras dúvidas podem ser melhor esclarecidos pelos profissionais dos Bancos de Leite. Na primeira doação, além das instruções e recomendações, o banco oferece o kit para coleta, com pote de vidro, touca e máscara que devem ser usados na hora de retirar o leite para evitar contaminação. O leite deve ser retirado depois que o bebê mamar ou quando as mamas estiverem muito cheias.
Os potes de armazenamento precisam ser esterilizados em água quente por 15 minutos e vedados com uma tampa de plástico. O ideal é fazer a retirada com as mãos e braços limpos (lavados com sabão), cabelos presos, em um local tranquilo e longe de animais. Depois, o leite deve ser congelado e entregue ao banco de leite em até 15 dias após a sua retirada.
Todo o leite doado passa por uma análise laboratorial e é pasteurizado antes de ser oferecido às crianças. Isso ajuda não só a certificar a qualidade do leite, mas também auxilia a distribuição, que é feita de acordo com as necessidades específicas de cada bebê. Todo leite doado é submetido a rigoroso controle de qualidade, antes de ser ofertado a uma criança.
Por esta razão é que o Ministério da Saúde e a organização Mundial da Saúde (OMS) alertam ainda que o ideal é doar o leite para os bancos, e não repassá-lo de forma direta para outras mães, pois a amamentação cruzada pode trazer riscos às crianças justamente porque não passa por nenhum tipo de controle, podendo acarretar na transmissão de doenças.
O Banco de Leite Humano (BLH) é responsável pela promoção do aleitamento materno e execução das atividades de coleta, processamento e controle de qualidade do leite produzido nos primeiros dias após o parto (o colostro), leite de transição e leite materno maduro, para posterior distribuição para os recém-nascidos internados sob prescrição do médico ou nutricionista. O modelo do banco brasileiro, inclusive, é referência internacional e, desde 2005, o Brasil transfere para 23 países da América Latina, Caribe, Península Ibérica, África e outros países europeus, tecnologias que aliam baixo custo à alta qualidade.
Sim, toda mulher que amamenta é uma possível doadora de leite materno. Para doar, basta ser saudável e não tomar medicamentos que interfiram na amamentação, como anfetaminas e ciclosporina. A orientação do Ministério da Saúde é que as doadoras também evitem álcool durante a amamentação.
Outro requisito é apresentar os exames de pré e pós-natal, como hemograma e testes de glicemia e para infecções, como HIV e Hepatite.
Com esses documentos em mãos, basta entrar em contato por telefone com o banco de leite mais próximo para se cadastrar como doadora.
Fontes: Ministério da Saúde, Fiocruz
Central de Relacionamento: (21) 3184-3000
Contato Site: http://www.richet.com.br/contato-cliente/
Chat Online: http://bit.ly/Chat_Online_Richet