A hipertensão arterial é uma doença crônica que acontece com milhões de pessoas pelo mundo todo. Estima-se, que 20% de toda a população possua níveis de pressão arterial fora da normalidade. Em idosos, a hipertensão é ainda mais comum. A doença é um dos fatores de risco mais comuns para doenças cardiovasculares, AVC, insuficiência renal crônica, aneurismas e lesões nos vasos sanguíneos dos olhos.
A hipertensão é silenciosa e não provoca sintoma na maioria dos casos. Com isso, a única forma de saber se alguém está com a pressão alta, é conferindo a pressão arterial, que é a pressão que o sangue exerce sobre as paredes das artérias. Quando há um excesso de pressão, pequenas fissuras podem surgir nas paredes, facilitando o rompimento de vasos sanguíneos e a formação de placas de cálcio nas artérias de maior calibre.
Durante anos, os médicos aceitavam a pressão 140x90 como parâmetro da normalidade, mas agora isso mudou. Um estudo conduzido pelo órgão americano de incentivo a pesquisas médicas decretou que 120x80 é o índice adequado. O primeiro número (120) indica a pressão com que o sangue é bombeado do coração para o resto do corpo, e o segundo número (80) mostra a pressão com que o sangue é bombeado do corpo para o coração. Acredita-se que a mudança do índice de pressão para 120x80 pode reduzir a incidência de infartos e derrames em até 30% e também em 25% o risco de morte em razão dessas doenças.
O novo padrão foi definido depois de seis anos de avaliações médicas com mais de 9.300 homens e mulheres com mais de 50 anos, nos Estados Unidos e Porto Rico. Sendo que, para pessoas com mais de 75 anos deve-se manter o índice anterior de 140x90.
Hoje, aproximadamente 30% da população mundial sofre de pressão alta. E entre os idosos, a incidência chega a 50%. Essa nova recomendação de índices reduzidos conduzirá uma nova postura no tratamento da hipertensão, já que com essa mudança, metade da população adulta será classificada como hipertensa.
Para o controle da pressão arterial, é recomendado o controle alimentar, que deve ser baseado em uma alimentação saudável e regrada, e a prática de exercícios físicos regularmente. Além, claro, dos medicamentos devidamente prescritos por um médico, caso seja necessário o controle da hipertensão.