Lúpus: Saiba como identificar os sintomas e qual o tratamento adequado para manter a doença sob controle


10.05.17

O lúpus é uma doença rara, ainda pouco conhecida. Segundo o Ministério da Saúde, o lúpus atinge cerca de 200 mil brasileiros. Com o objetivo de ajudar a conscientizar a sociedade para a importância do diagnóstico logo no início da manifestação da doença, pois o atraso compromete o tratamento, foi criado o Dia Mundial da Luta contra o Lúpus (World Lupus Day), celebrado em 10 de maio. A data também visa alertar sobre a necessidade de aumentar a investigação e o conhecimento público sobre a patologia e os cuidados prestados aos doentes.

A doença é representada mundialmente pela borboleta e pela cor roxa, devido a famosa lesão vermelha ou arroxeada em forma de “asa de borboleta”. Todos os anos, um Comitê Organizador Internacional é formado por 11 personas, representando 21 países de vários continentes, para elaborar uma série de materiais para divulgar e promover a data.

O que é Lúpus?

O Lúpus é uma doença inflamatória autoimune (causada quando o sistema imunológico ataca suas próprias células) que pode afetar principalmente pele, articulações, células sanguíneas, coração, rins, cérebro e também todos os demais órgãos.

É mais frequente em mulheres, principalmente em idade fértil, quando os hormônios estão mais atuantes, sendo possivelmente provocada por um desequilíbrio. 

Complexa e de difícil diagnóstico, acredita-se que que o Lúpus acomete pessoas com predisposição genética, que quando expostas a determinados agentes hormonais e ambientais “despertam” a doença como, por exemplo: a luz do sol, medicamentos, hormônios e algumas infecções.

 

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  • A doença se apresenta em três tipos:

- Lúpus Eritematoso Sistêmico (LES) - que acomete um ou mais órgãos internos;

- Lúpus Cutâneo ou Discoide - restrito à pele;

- Lúpus Induzido por Drogas - que surge após a utilização de medicamentos, podendo comprometer a pele e outros órgãos.

Sintomas

Como as mutações genéticas ocorrem durante o desenvolvimento do feto no útero, geralmente os sintomas vão surgindo após o nascimento e durante a infância. Mas em alguns casos, o surgimento de sintomas pode acontecer anos mais tarde, durante a idade adulta, devido a fatores como infecção, uso de alguns medicamentos ou, até mesmo à exposição exagerada ao sol.

Os sintomas apresentam-se de formas diversas em cada indivíduo, dependendo dos órgãos afetados, mas geralmente a doença tende a evoluir em ciclos de atividade alternados com períodos de remissão.

As queixas mais comuns são dores e/ou inchaços nas articulações, feridas na boca e manchas na pele, que tendem a piorar quando a pessoa toma sol. As manchas de pele apresentam-se principalmente na região do rosto (nariz, em volta dos olhos e bochechas) e por causa do seu formato são chamadas de erupção em borboleta.

Outros sintomas apresentados são cansaço excessivo, febre alta e persistente, sensação de falta de ar, anemia, dores de cabeça e perdas de memória e de cabelos. Em casos mais graves podem ocorrer sangramentos por diminuição das plaquetas, perda de função renal, inchaço no corpo, pressão alta, convulsões, alterações psíquicas etc.

 

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Diagnóstico

Muitas vezes, o Lúpus é confundido com outras doenças, especialmente porque apresenta sintomas que podem indicar outras doenças, o que torna o diagnóstico difícil. Este é realizado através da presença de manifestações clínicas combinadas a resultados de exames laboratoriais.

Tratamento

O tratamento deve ser individualizado, dependendo das manifestações apresentadas e o tratamento mais adequado será determinado pelo médico reumatologista.

Por ser uma doença crônica, a pessoa com Lúpus necessita de um acompanhamento prolongado. Entretanto, isso não significa que a doença apresentará sempre sintomas ou impedirá a pessoa de fazer suas atividades normais, como trabalhar ou cuidar dos filhos e da casa, pois há períodos de atividade e remissão.

O uso de medicação regular ajuda a controlar a doença, mas algumas medidas são para a vida toda, como: proteção solar, controle alimentar, exercícios físicos regulares, não fumar, se consultar periodicamente, realizar exames com a regularidade recomendada e seguir as orientações médicas.

Uma mulher com Lúpus pode ter filhos, mas deve planejar a gravidez controlando a doença por pelo menos seis meses antes de engravidar. Determinados medicamentos devem ter seu uso contínuo durante a gestação para evitar um surto agudo neste período.      

O Richet Medicina & Diagnóstico disponibiliza o Painel Lúpus Erimatoso em todas as suas unidades. Converse com seu médico em caso de qualquer suspeita. Para outras informações, ligue: (21) 3184-3000.

 

 

 

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