Organizada por psicólogos brasileiros, a campanha Janeiro Branco visa mobilizar a população a refletir e debater a respeito da saúde mental, lembrando as pessoas de que é preciso cuidar não apenas da saúde do corpo, mas também da mente e do bem-estar psíquico.
A campanha Janeiro Branco tem por objetivo combater o adoecimento emocional da população: segundo dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), o número de pessoas com ansiedade, depressão, fobias e pânico cresceu consideravelmente no último ano. O Brasil é o país com o maior número de pessoas com transtornos de ansiedade, e cerca de 16% da população brasileira sofre de depressão — mais do que a taxa nos Estados Unidos (13%), na Espanha (9%) e na China (6%). O Brasil também é o país onde há o maior número de pessoas mais jovens diagnosticadas com depressão — média de 36 anos — e um número de crianças cada vez maior com patologização, o que mostra que os brasileiros vêm ficando cada vez menos saudáveis mentalmente e mais cedo.
De acordo com a OMS, é o estado de bem-estar no qual uma pessoa consegue desempenhar suas habilidades, trabalhando e contribuindo para a sua comunidade ao mesmo tempo em que lida com as inquietudes de sua própria vida. No entanto, as situações do cotidiano mostram que cada vez menos estamos conseguindo levar a vida dessa forma: o aumento dos casos de violência, o uso de drogas, além de transtornos compulsivos, suicídio, intolerâncias e ódio estão diretamente ligados a uma crescente fragilidade emocional.
É por esta razão que psicólogos de todo o país estão engajados na campanha Janeiro Branco, para chamar a atenção de toda a população para um assunto muito importante: nossa saúde mental. E eles não escolheram o primeiro mês do ano por acaso: culturalmente, é comum que sejamos convidados a pensar sobre nossas vidas em janeiro. Todos nós fazemos uma listinha de coisas que queremos melhorar no ano que se inicia, com novos planos e vontade de buscar um novo estilo de vida. Porém, de nada adianta fazer planos se nossa saúde mental e nosso emocional estiverem debilitados; é preciso respirar fundo e começar do zero. Por isso a campanha escolheu a cor branca, como uma folha de papel em branco, onde se pode reescrever e redesenhar uma nova história.
Estudos comprovam que transtornos mentais, como a depressão, são um dos fatores que mais incidem na taxa mundial de mortalidade. Pacientes que sofrem com problemas de ansiedade, fobias e pânico também costumam relatar problemas como insônia, cansaço e dores no corpo.
Também há estudos que associam os distúrbios mentais e outros transtornos à suicídios, sendo a depressão associada a 30% dos casos de morte, segundo a Organização Mundial de Saúde. Sabe-se que mais de 90% dos pacientes que tentam o suicídio apresentam um distúrbio psiquiátrico e que 95% daqueles que cometeram suicídio têm um diagnóstico psiquiátrico.
A orientação e acesso à informação que a campanha Janeiro Branco promove quanto ao bem-estar emocional é fundamental, pois a saúde mental ainda é um tabu, especialmente no Brasil. Ainda há na sociedade um grande estigma, um grande preconceito em relação ao tratamento da saúde mental. A maioria das pessoas acha que ir ao psicólogo ou psiquiatra é “coisa de maluco”. Tal pensamento é herança de uma cultura ultrapassada de higienização, onde se retirava da sociedade tudo aquilo que incomodava e se isolava em manicômios.
Todos nós temos emoções. E nossa parte emocional precisa de cuidados especiais. Afinal, ela também faz parte do nosso corpo, e todos nós queremos cuidar melhor do nosso corpo, não é mesmo? Praticar exercícios físicos, alimentar-se bem. Com a mente é a mesma coisa. E o psicólogo e o psiquiatra cuidam de tudo aquilo que negligenciamos, que nos faz perder o controle de nossas vidas. Por isso precisamos falar sobre saúde mental, para desconstruir essa ideia de que ir ao psicólogo é sinônimo de loucura. Buscar ajuda psicológica é mostrar que se está disposto a assumir o controle e encontrar formas de lidar com as emoções, antes de se chegar a uma situação que seja difícil (ou mesmo impossível) de reverter.
O primeiro passo para entender a saúde mental como peça importante no nosso bem-estar é ser mais sincero consigo mesmo e buscar ajuda sempre que necessário. Um dos objetivos da campanha também é convidar as pessoas a pensarem sobre suas vidas, assim como o sentido e o propósito delas, propondo uma reflexão sobre os relacionamentos que mantêm, e o quanto conhecem sobre si mesmas e suas emoções, pensamentos e comportamentos.
Quem cuida da mente, cuida da vida!
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