Entenda a leucemia


14.12.18

Diferente de outros cânceres, a leucemia caracteriza-se por uma interferência na produção de glóbulos brancos do sangue, conhecidos como leucócitos. Estes glóbulos sofrem mutações, ocorrendo produção desordenada ou acúmulo excessivo na medula óssea, substituindo as células sanguíneas normais.

A medula é um tecido líquido que ocupa a cavidade dos ossos, popularmente conhecido como “tutano”. Nela são encontradas as células sanguíneas: glóbulos brancos, glóbulos vermelhos (hemácias ou eritrócitos) e plaquetas. A leucemia afeta a produção destas células sanguíneas, prejudicando ou interrompendo seu progresso: os glóbulos vermelhos causando anemia; os glóbulos brancos causando infecções e as plaquetas causando hemorragias.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Qual a origem das leucemias?

Embora existam alguns fatores de risco, a causa da maioria dos casos de leucemia é desconhecida. Em caso de leucemia infantil, uma das hipóteses é a de alterações que ocorrem ainda no útero, causadas por fatores ambientais.

Síndromes hereditárias com alterações genéticas, tais como síndrome de Down ou Trissomia 21, problemas de sangue ou herança genética também podem entrar como fatores de risco.

 

Tipos de leucemia

Existem quatro tipos principais de leucemia divididos em duas categorias, o que as diferem são como elas afetam as células e a sua velocidade de evolução:

  • Leucemia Linfoide Aguda (LLA)

Também conhecida como leucemia linfoblástica aguda, é a neoplasia mais comum em crianças e adolescentes. Atinge os linfócitos, dificultando a criação de novas células. Este processo pode levar a uma redução nos glóbulos vermelhos e no desenvolvimento de anemia, bem como uma redução de células brancas do sangue que leva a um sistema imunológico mais fraco. Tem cura em até 70% dos casos, mas necessita de um tratamento intensivo, por cerca de um ano, seguido de uma fase de manutenção de no mínimo dois anos, sempre com quimioterapia. Raramente precisa de transplante.

  • Leucemia Linfoide Crônica (LLC)

Também chamada de Leucemia Linfocítica Crônica, a LLC é mais comum em idosos e caracteriza-se por um lento acúmulo de linfócitos. Sem cura, muitas vezes o tratamento é manter o paciente em observação, fazendo o acompanhamento do hemograma. A quimioterapia pode ser necessária. Esse é o tipo de leucemia da atriz Suzana Vieira.

  • Leucemia Mieloide Aguda (LMA)

Com progressão rápida, a LMA afeta indivíduos de todas as idades, mas é mais comum em adultos. Se inicia na medula óssea, onde as células leucêmicas se acumulam, e são liberadas na corrente sanguínea, se espalhando rapidamente no sangue e em outros órgãos, como fígado, baço ou sistema nervoso central, onde continuam crescendo e se desenvolvendo.

O tratamento deve ser feito em hospital especializado e é muito intenso nos 2 primeiros meses, sendo preciso ainda, pelo menos mais 1 ano de tratamento para que a doença seja curada. Além de quimioterapia, pode ser necessário o transplante de medula óssea.

  • Leucemia Mieloide Crônica (LMC)

É um tipo de leucemia que geralmente apresenta evolução lenta, ocorrendo mais comumente em idosos. É ocasionada pelo acúmulo de células mieloides, que são células que fazem parte da imunidade do corpo humano. Quando as células leucêmicas ocupam a medula óssea e caem na circulação sanguínea, podem infiltrar outros órgãos, principalmente o baço.

O tratamento para a LMC pode ser mais simples, pois há possibilidade do uso de medicamentos orais para controlar a doença em longo prazo. O tratamento pode envolver também quimioterapia e transplante de medula óssea.

 

Sintomas

Os sintomas da leucemia são diferentes de acordo com os tipos. Alguns destes sintomas, quando se manifestam, podem ser confundidos com outras doenças. Entre eles estão anemia, vômitos, cansaço excessivo, palpitação e sangramentos. Por conta destes sintomas inespecíficos, a leucemia, na maioria dos casos, só é descoberta por meio de exame de sangue de rotina.

Outros sinais que são muito comuns e devem ser observados são:

  • - Ínguas no pescoço e virilha
  • - Infecções repetidas ou mais severas
  • - Febre e calafrios
  • - Perda significativa de peso
  • - Dor óssea
  • - Inchaço do fígado ou baço

 

Além disso, o indivíduo pode apresentar inchaço nos linfonodos, estruturas que filtram líquidos por todo o corpo e acionam células de defesa para combater inimigos da saúde. Esses gânglios do sistema linfático se alojam em vários locais do corpo, como embaixo dos braços.

 

 

 

 

 

 

 

Como é o diagnóstico?

A suspeita, em geral, surge através de um hemograma simples, que faz a análise da quantidade de células no sangue. Alterações na quantidade de leucócitos (glóbulos brancos) e no número de plaquetas, responsáveis pela coagulação do sangue, podem indicar, mas somente uma amostra das células da medula pode confirmar o diagnóstico.

A partir do resultado do exame de sangue, o médico pode pedir testes complementares, e se for necessário, uma punção de medula óssea. Neste exame é retirada uma pequena porção da medula para verificar o tipo de leucemia.

A partir do diagnóstico, o paciente tem direito a ser atendido em um centro especializado.

 


  • Diagnóstico tardio
  • Um estudo latino-americano revelou que até 70% das pessoas com câncer no sangue têm acesso ao diagnóstico em etapas avançadas da doença. A pesquisa foi feita na Argentina, Brasil, Colômbia, México e Uruguai.

 

O tratamento desse tipo de câncer

Cada tratamento é adequado ao tipo e gravidade da doença. No caso da LLC, na maioria dos casos, sua evolução é lenta e a pessoa consegue manter uma boa qualidade de vida por anos ou mesmo décadas.

Não são raros os quadros em que os médicos optam por não medicar o paciente em um primeiro momento, como ocorreu com a atriz Susana Vieira. Nestes casos, os especialistas passam orientações para que o paciente evite sobrecargas no sistema imunológico, afetado pelo câncer. São recomendações como lavar sempre as mãos, evitar o estresse, fazer exercícios moderados, dormir e comer bem. Em paralelo, há o monitoramento do paciente de tempos em tempos, com exames. Quando ocorrem alterações mais significativas no hemograma, ou se sintomas de tornam mais ativos, o tratamento mais intenso entra em cena.

Há diferentes formas de combater a leucemia, cada uma adequada para seu quadro. O uso da quimioterapia é relativamente comum. Há também medicamentos mais modernos, pertencentes à imunoterapia, que podem ser empregados em situações específicas, assim como, pode ocorrer a necessidade de transfusões de sangue e transfusões de plaquetas, durante o tratamento.

Uma vez que a doença volta a ser controlada, os médicos vão readequando o tratamento. E podem optar por variadas formas de acompanhamento. A própria Susana Vieira afirmou que, apesar do susto, tem vivido feliz e intensamente.

 

E o transplante de medula óssea?

Enquanto para a leucemia aguda ele é uma opção frequente, na crônica é raramente empregado.

O transplante de medula salva vidas, porém, as chances de encontrar uma medula óssea compatível para um paciente são extremamente raras, podendo chegar a 1 caso em 100 mil. Por isso é tão importante tornar-se um doador, pois você está ajudando a diminuir essa distância.

Saiba como se tornar um doador: http://www.richet.com.br/clientes/novidades/doacao-de-medula-ossea-voce-pode-salvar-muitas-vidas/

 

Exames disponíveis no Richet para diagnóstico da leucemia

Além de Hemograma, o Richet disponibiliza os exames para diagnóstico de Leucemia:

  • Leucemia Linfoblástica
  • Leucemia Mieloide Aguda
  • Leucemia Linfoide Crônica

 

Para acessá-los, clique aqui, neste link: http://www.richet.com.br/exames/?query=leucemia

 

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Para informações e agendamento de exames, entre em contato através de nossos canais de comunicação direta:

 

 

Blog Richet: O que é preciso para ser um doador de medula óssea?