Em um artigo publicado na edição de Outubro 2012 do periódico Clinical Chemistry (58:10, 2012), o autor, Alain G. Verstraete, da
Glent University e do Glent University Hospital (Glent, Bélgica), descreve a utilização de um novo teste para a detecção do metabolito de canabis (maconha) em amostras de saliva. chamado Drager Drug Test 5000. Em comparação com a dosagem sanguinea, o teste salivar apresentou sensibilidade de 91%, comprovando que pode ser utilizado com razoável margem de segurança em amostras coletadas, por exemplo, em blitz policiais ou após acidentes automobilístico.
Em uma recente pesquisa realizada na Europa, foi demonstrado que 1,23% dos motoristas apresentavam níveis detectáveis de canabinoides no sangue. Outros estudos indicam que motoristas que fizeram uso de canabis apresentam risco 2,6 vezes maior de se envolverem em acidentes, comprovando que os efeitos da droga podem comprometer a segurança no trânsito.
A importância deste teste está no fato de ser possível a sua utilização em ambientes sem nenhuma infraestrutura laboratorial, como por exemplo, na rua, durante uma blitz da lei seca.
Os autores concluem que, apesar de se tratar de um teste sensível e de simples realização, algumas melhorias ainda precisam ser implementadas, pois a droga pode permanecer detectável por um período que varia de 2 a 24 horas após o uso, o que não está necessariamente associado à perda da capacidade para dirigir. Neste ponto, os testes realizados em amostras de sangue se apresentam mais específicos, pois a droga permanece menos tempo na circulação. Em vários países, entre eles a Bélgica, a polícia se utiliza de amostras sanguineas quando existe alguma suspeita ou para a elucidação da causa de acidentes.