O Coronavírus é um vírus que causa infecções respiratórias. Trata-se de um vírus categorizado como zoonótico, ou seja, que pode ser transmitido tanto para seres humanos quanto para animais.
Geralmente, as infecções causadas pelo vírus são classificadas como leves ou moderadas. Porém, alguns subtipos do Coronavírus podem causar infecções mais graves, como a Sars cov (Síndrome Respiratória Aguda Grave) e Mers cov (Síndrome respiratória do Oriente Médio).
O novo subtipo de Coronavírus, identificado como 2019-nCoV, foi recentemente descoberto, e isolado no dia 7 de janeiro de 2020.
O vírus foi detectado na China, na cidade de Wuhan. Porém, antes mesmo da detecção, as autoridades chinesas já haviam informado a OMS (Organização Mundial de Saúde), no fim de 2019, da ocorrência de uma pneumonia de causa desconhecida.
O período de incubação vai de 2 a 14 dias. Já os sintomas mais comuns do Coronavírus costumam ser semelhantes aos da gripe comum, ou seja, coriza, tosse, dor de garganta, febre, falta de ar e dificuldade respiratória. Em casos mais graves, o vírus pode causar pneumonia, sobretudo em pacientes idosos ou com sistema imunológico deficiente.
O número de pessoas infectadas na China superou o número de casos da Síndrome Respiratória Aguda Grave (Sars) em 2003. Até agora, 132 pessoas morreram, todas elas em território chinês.
Até 29/01/2020, a Organização Mundial da Saúde (OMS) confirmou 5.997 casos confirmados na China. No mundo todo, o Coronavírus atingiu pouco mais de seis mil pessoas (6.065 casos)*.
“A probabilidade do Coronavírus chegar ao Brasil existe. Muitas pessoas viajam, muitos brasileiros estão inclusive na China”, destaca Dr. Helio Magarinos.
“Porém, todas as medidas que estão sendo tomadas são preparatórias para controlar a chegada do vírus. Ou seja, controle do histórico de viagem, por exemplo, o controle de pessoas que tiveram contato com pacientes provavelmente infectadas ou que estiveram em regiões de risco ou que manifestem sintomas estão sendo monitoradas pelo Ministério da Saúde e pelos órgãos públicos de saúde.”
“Os números apresentados mostram cerca de seis mil casos e a quantidade de mortes é de apenas 132 mortes*. Isso representa menos de 2% dos casos. Ou seja, já se sabe hoje, através dos primeiros relatos, que a agressividade do vírus não é tão grande como a da Sars (Síndrome Respiratória Aguda Grave) e da Mers (Síndrome respiratória do Oriente Médio), por exemplo, que tinham um índice de mortalidade acima de 20%. Então, não existe razão para tanto apavoramento das pessoas ainda com essa doença.”
De acordo com o diretor médico do Richet, o que faz com que haja um número maior de casos no inverno e nos meses mais frios é que as pessoas costumam se aglomerar mais em ambientes fechados.
“Isso facilita a transmissão dos vírus, que normalmente é feita através de gotículas ou pelo ar. Por isso a situação do Coronavírus é mais grave no Hemisfério Norte, onde é inverno. Seja como for, o fato de estar em lugar com aglomeração não quer dizer necessariamente que a pessoa vai contrair Coronavírus. Da mesma forma, também não dá para prever como vírus vai se comportar até o inverno no Brasil.”
“Na verdade, o Coronavírus é um vírus bastante antigo, e começou a ser descrito na década de 60. Mas ele tem vários subtipos: alguns subtipos já são bastante conhecidos, que causam doenças como a gripe comum, e alguns subtipos podem causar doenças mais graves, como a Sars e a Mers, ambas transmitidas pelo Coronavírus. Neste momento, no surto atual, temos um novo subtipo descrito, uma mutação identificada como 2019-nCoV.”
“Não existe um tratamento específico para o vírus. Os tratamentos hoje são todos paliativos, ou seja, tratamentos sintomáticos e tratamentos de suporte.”
“A vacina é um processo demorado e muito específico. Não acredito que vá sair a tempo de cuidar desse surto. Por ele ser um novo subtipo, a vacina precisa ser específica, e isso exige muita pesquisa.”
As formas de prevenção são as mesmas tomadas em casos de outras infecções respiratórias. Em outras palavras, cuidados simples como evitar aglomerações ou contato próximo com pessoas que apresentem sintomas de doenças respiratórias. Evite também o compartilhamento de objetos de uso pessoal, como talheres e copos.
Lave bem as mãos e evite coçar os olhos ou tocar nariz e boca sem a higiene adequada. Lembre-se também de cozinhar bem os alimentos. Por se tratar de um vírus zoonótico, recomenda-se também evitar contato com animais doentes.
*Os dados apresentados pelo diretor médico do Richet, dr. Helio Magarinos, são referentes aos relatórios da OMS do dia 29/01/2020. Para acompanhar em tempo real a evolução do número de casos confirmados do Coronavírus, basta acessar o site:
https://google.com/covid19-map/?hl=pt-BR
O diretor médico do Richet Medicina & Diagnóstico, Dr. Helio Magarinos Torres Filho, concedeu entrevista à Globo News sobre o Coronavírus, e tirou algumas dúvidas sobre o vírus.
Clique para assistir ao vídeo da entrevista: