Os Coronavírus, que fazem parte de uma família de vírus, conhecidos desde os meados da década de 1960, estão associados ao desencadeamento de infecções respiratórias, provocando desde sintomas mais leves, semelhantes aos resfriados, até casos mais complexos, como síndromes respiratórias graves.
São identificados atualmente 7 tipos principais de Coronavírus, sendo os quatro mais comuns (alpha coronavírus 229E e NL63 e beta coronavírus OC43 e HKU1) responsáveis por quadros mais brandos de infecção respiratória. Outros dois tipos, o SARS-CoV, causador da síndrome conhecida como SARS (“Severe Acute Respiratory Syndrome”) e o MERS (“Middle East Respiratory Syndrome”) foram associados a quadros mais graves de infecção respiratória. O SARS-CoV causou um surto que teve início em 2002 na China e se espalhou por mais de 12 países, incluindo Américas do Norte e do Sul, Europa e Ásia, infectando mais de 8.000 pessoas e causando cerca de 800 mortes. Desde 2004 não existe relato de novos casos de SARS-CoV. O MERS foi primeiramente isolado em 2012, na Arábia Saudita, passando a outros países do Oriente Médio, Europa e África.
Em dezembro de 2019 foram relatados casos de pneumonia grave na província de Wuhan, na China, até então sem a identificação do agente causador, o qual foi identificado em 7 de janeiro de 2020, denominado 2019-nCoV e depois modificado para COVID-19.
Até o momento em que este artigo foi escrito, foram registrados cerca de 118 mil casos de infecção pelo COVID-19, tendo causado aproximadamente 4200 mortes. A grande maioria dos casos estava concentrada na China e países vizinhos, como a Coreia do Sul, mas no início de Março houve um aumento dos registro em diversos países da Europa e também na América do Norte. No Brasil, temos 34 casos confirmados* nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Bahia, Rio Grande do Sul, Distrito Federal, Alagoas, Minas Gerais e Espírito Santo. (*Dados até 10/03) Especialistas afirmam que o COVID-19 tem alto potencial pandêmico, por conta de sua disseminação global acelerada, e sua transmissão avançada em várias regiões do mundo, como Coreia do Sul, Japão, Irã e Itália.
Os números atualizados podem ser obtidos através deste link (clique aqui)
A transmissão dos subtipos do Coronavírus pode se dar por 3 formas:
- Por vias respiratórias, através do ar e de gotículas provenientes de espirros, tosse ou da fala de indivíduos infectados;
- Por contato físico, como beijos, abraços e apertos de mão;
- Por meio do contato de superfícies contaminadas, como corrimões, maçanetas, etc.
Calcula-se que para que haja a transmissão do vírus, as pessoas têm que estar a cerca de 2 metros de outra contaminada, em ambientes fechados.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), o tempo entre a infecção pelo Coronavírus e o início dos sintomas da doença varia de 2 a 14 dias. O período de incubação é o mesmo para todos os subtipos do vírus, inclusive do COVID-19. Ainda em estudo a possibilidade de transmissão da doença antes do aparecimento de sintomas.
Tosse seca, febre e cansaço são os principais sintomas, mas alguns pacientes também podem sentir dores no corpo, congestionamento nasal, inflamação na garganta ou diarreia.
- Tosse;
- Febre;
- Cansaço;
- Dificuldade respiratória e falta de ar;
- Congestão nasal;
- Inflamação na garganta.
Em alguns casos, os pacientes também podem sentir dores no corpo ou diarreia. Já nas síndromes respiratórias mais graves, as complicações podem evoluir para fases agudas, insuficiência renal e até mesmo levar à morte.
Enquanto nos casos de SARS e MERS, a mortalidade variava em torno de 10% e 36%, respectivamente, as infecções pelo COVID-19 registram cerca de 2% de mortalidade. Já a Influenza H1N1 registrou cerca de 14% de mortalidade, sendo que a Gripe comum, também conhecida como Influenza Sazonal, causa cerca de 0,1% - 0,4% de mortes. Portanto, se levarmos em consideração os casos mais brandos, que acabam não sendo registrados, os índices de letalidade do COVID-19 estão mais próximos da Gripe comum do que do SARS ou MERS.
Vale ainda ressaltar, que, assim como ocorre com outras viroses respiratórias, incluindo a gripe comum, os maiores grupos de risco permanecem em pessoas que possam ter o seu sistema imunológico comprometido, como idosos, crianças menores de 2 anos e pacientes portadores de doenças crônicas, como diabetes, hipertensão arterial, câncer, etc.
São definidos como casos suspeitos, os pacientes que apresentam sintomas respiratórios (Coriza, Febre, Mal-Estar, Tosse, Dificuldades para respirar, Congestão Nasal, Inflamação na Garganta) e estiveram em regiões de risco nos últimos 14 dias, ou aqueles que tiveram contato com pessoas comprovadamente infectadas pelo COVID-19 neste período. Para ver a relação atualizada de países com casos confirmados, clique aqui.
O Richet oferece dois tipos de testes que podem ser de utilidade para o diagnóstico de infecções pelo COVID-19.
Painel Respiratório por PCR (Biofire Filmarray, BioMérieux)
O teste, que é feito a partir da coleta de um “swab” de nasofaringe (através das narinas) identifica a presença de 22 patógenos de infecções respiratórias, incluindo 18 vírus e 4 bactérias. Este teste identifica 5 tipos de Coronavírus (229E, HKU1, OC43, NL63 e MERS), incluindo o COVID-19. A suas indicações recaem tanto como teste de infecção pelo COVID-19, como também para o diagnóstico diferencial com outros patógenos respiratórios.
Pesquisa para Coronavírus 2019 (COVID-19) | Pesquisa para COVID-19 por PCR
Este, que é o teste específico para a pesquisa do COVID-19, também é realizado através de coleta de material de nasofaringe, assim como o Painel Viral, tem a sua principal indicação.
A indicação para a coleta é que seja feita entre o 2º e o 7º dia após o aparecimento dos sintomas.
O Richet oferece a Pesquisa de COVID-19 por PCR, que detecta o novo subtipo do Coronavírus. O teste está disponível para atendimento agendado através de coleta domiciliar ou nas unidades Barra da Tijuca, Leblon, Copacabana,Tijuca, Recreio e Icaraí.
O Richet vai até você! Agende a coleta do teste:
Segundo o Ministério da Saúde, ainda não existe tratamento específico ou vacina contra o COVID-19. O tratamento indicado para pacientes infectados é apenas para alívio dos sintomas, como repouso e ingestão de bastante água, além de medicamentos analgésicos para dor e febre. Entretanto, existe uma corrida da comunidade científica e empresas de alta tecnologia que prometem o desenvolvimento de vacinas em tempo recorde.
Para se prevenir de doenças causadas por coronavírus COVID-19 e também outras viroses respiratórias as principais medidas preventivas são:
- Evite contato próximo com pessoas que apresentam infecções respiratórias ou que tiveram contato com pessoas comprovadamente infectadas.
- Lave bem as mãos com água e sabão e/ou utilize álcool gel (apenas com água não basta);
- Utilize lenços descartáveis sempre que precisar assoar o nariz;
- Evite tocar as mucosas dos olhos, nariz e boca, mesmo com as mãos higienizadas;
- Evite compartilhamento de objetos de uso pessoal, como copos, talheres e toalhas;
- Evite aglomerações e multidões em ambientes fechados;
- Em casa, limpe regularmente os ambientes e mantenha-os ventilados;
- Cozinhe bem os alimentos, principalmente ovo e carnes;
- Só ingira água e líquidos filtrados ou fervidos.
O uso de máscaras respiratórias, luvas e gorros, não têm indicação em pessoas saudáveis. Estes equipamentos de proteção individual devem ser reservados apenas para aqueles casos definidos como suspeitos, pois são utilizados para prevenir a transmissão de pessoas infectadas para outras.
Até o momento, pelos dados divulgados, o que se sabe é que se trata de uma infecção viral respiratória que causa, na grande maioria dos casos, sintomas respiratórios que variam de leves a moderados, semelhantes aos sintomas da Gripe Comum; não havendo, portanto, motivo para pânico. Os grupos de pessoas que podem estar em maior risco e que devem ter maior atenção com as medidas de proteção incluem as pessoas com algum grau de deficiência no seu sistema imunológico, que regula as suas defesas, incluindo idosos (> 65 anos), portadores de doenças crônicas (diabetes, hipertensão arterial, AIDS, câncer, etc). Apesar de não haver muitos relatos de infecções em crianças (< 2 anos), elas também devem ser consideradas como grupo de risco, e o mesmo pode ser aplicado para gestantes.
Fontes:
World Health Organization
Centers for Disease Control and Prevention
O diretor médico do Richet Medicina & Diagnóstico, Dr. Helio Magarinos Torres Filho, concedeu entrevista à Globo News sobre o Coronavírus, e tirou algumas dúvidas sobre o o vírus.
Conversa com Dr. Helio Magarinos Torres Filho, diretor médico do Richet: