Comemorada todos os anos entre os dias 1 e 7 de agosto, a Semana Mundial do Aleitamento Materno (SMAM — ou Semana Mundial da Amamentação) é uma campanha criada pela Aliança Mundial para Ação em Aleitamento Materno (WABA, na sigla em inglês), com o objetivo de promover informações acerca da importância da amamentação para crianças e também para as mães.
Segundo a WABA, os objetivos principais da Semana Mundial da Amamentação são informar as pessoas sobre como a amamentação está diretamente ligada à nutrição, à segurança alimentar e à redução da pobreza, e também estimular ações e estratégias para promover a amamentação como parte fundamental do começo da vida. O foco das diretrizes da campanha são proteger o desenvolvimento infantil e prevenir todas as formas de desnutrição, bem como garantir a segurança alimentar (especialmente em tempos de crise) e quebrar o ciclo da pobreza.
Para isso, a WABA, junto à outras organizações e instituições de saúde pelo mundo, disponibiliza diversos materiais informativos. Calcula-se que, todos os anos, em todo o mundo, mais de 10 milhões de crianças com idade inferior a 5 anos morrem por doenças que poderiam ser prevenidas e tratadas. E segundo a Aliança Mundial para Ação em Aleitamento Materno, mais de 820 mil destas crianças poderiam ser salvas através de melhores taxas de amamentação. Por esta razão é que a SMAM incentiva que a amamentação ocorra no mínimo até os seis meses de vida, pois ela proporciona melhor desenvolvimento da criança.
A amamentação pode ter impacto significativo na vida adulta. De acordo com um estudo publicado pela revista The Lancet Global Health, há relações entre o período de amamentação na infância e os níveis de inteligência na vida adulta. Os pesquisadores acompanharam cerca de 3,5 mil recém-nascidos ao longo de trinta anos, até que se tornassem adultos. Os dados obtidos identificaram que, quanto mais longo foi o período de aleitamento do recém-nascido, maior foi o resultado obtido por ele em testes de QI depois de adulto. A pesquisa também encontrou relações entre a amamentação e o grau de escolaridade e a renda financeira.
Além disso, o leite materno tem propriedades que ajudam a prevenir cânceres, desenvolver o sistema nervoso e diminuir o risco de complicações e transtornos, como o Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH). A longo prazo, o leite materno também está associado ao menor risco de desenvolvimento de doenças como colesterol alto, diabetes, hipertensão e obesidade.
A Semana Mundial do Aleitamento Materno (SMAM — ou Semana Mundial da Amamentação) surgiu em 1991, na cidade de Nova York, durante reunião entre a Organização Mundial da Saúde (OMS), o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) e ONGs. Mas antes mesmo do seu surgimento oficial, a campanha já estava no radar de preocupações da OMS, tanto que a organização já promovia ações neste sentido desde 1948.
No Brasil, a Semana da Amamentação ocorre desde 1999, sempre coordenada pelo Ministério da Saúde. Também apoiam a ação as Secretarias de Saúde Estaduais e Municipais, a Rede Brasileira de Bancos de Leite Materno, hospitais e outros órgãos e organizações. O Brasil, inclusive, criou o Agosto Dourado, que conduz a campanha por todo o mês de agosto, e não apenas na primeira semana. A mudança foi estipulada por uma lei, sancionada pelo Congresso Nacional, e a cor dourada foi escolhida por conta da comparação do leite materno com o ouro: para a Organização Mundial da Saúde, o leite materno é classificado como o “alimento de ouro” para a saúde das crianças.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) e o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), lançaram em abril um novo guia com dez passos para aumentar o apoio ao aleitamento materno nos hospitais. Segundo a Unicef, o guia pode melhorar de forma significativa as taxas de amamentação e dar às crianças o melhor começo possível na vida, no mundo todo.
Os passos são práticos, desenvolvidos de forma que os países possam adotá-los com facilidade, para proteger, promover e apoiar o aleitamento materno nos hospitais e unidades de saúde.
1. Ter uma norma escrita sobre o aleitamento materno e repassar rotineiramente todas as informações à equipe do hospital;
2. Promover um treinamento a toda equipe, para capacitar a todos quanto a implementação da norma;
3. Informar a todas as gestantes sobre as vantagens da amamentação e de como ela deve ser realizada;
4. Auxiliar as mães para iniciar a amamentação ainda na primeira meia hora após o parto;
5. Mostrar às mães como manter a amamentação e a lactação, mesmo nos casos em que as mães sejam separadas de seus filhos;
6. Dar ao recém-nascido somente o leite materno como alimento. Quaisquer outros alimentos ou bebidas só devem administrados quando houver indicação médica específica;
7. Permitir e promover que as mães e os bebês permaneçam juntos 24 horas por dia, em alojamento conjunto;
8. Não dar chupetas ou bicos artificiais para crianças amamentadas;
9. Encorajar as mulheres a realizar amamentação sem horários definidos;
10. Encorajar as mulheres a buscar grupos de apoio à amamentação.
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