Já é sabido que o tabagismo pode prejudicar a saúde de diversas formas. As principais consequências do uso de cigarros também são velhas conhecidas, como doenças pulmonares (entre elas a doença pulmonar obstrutiva crônica), complicações cardiovasculares (infartos) e câncer no pulmão.
Mas há diversas outras maneiras de ser afetado pelo cigarro. Engana-se, inclusive, quem pensa que o cigarro prejudica apenas os fumantes: o tabagismo, na verdade, também afeta todos aqueles que estão ao redor, os chamados “fumantes passivos”. Até mesmo os animais de estimação são afetados.
Durante o aleitamento materno, a mãe fumante fica com o leite contaminado pela nicotina e seus derivados, que são absorvidos pelo bebê, prejudicando o sono e aumentando a incidência de cólicas, náuseas, vômitos, problemas respiratórios e agitação.
O consumo de cigarros pela mãe durante a amamentação está diretamente ligado a problemas respiratórios e de sono do bebê. Logo, quanto mais cigarros fumados, maior a probabilidade de a criança desenvolver doenças respiratórias e ter dificuldades para dormir. Bastam cinco cigarros para que a qualidade de sono do bebê seja afetada consideravelmente, podendo prejudicar seu desenvolvimento.
Além disso, a nicotina e outras substâncias tóxicas do cigarro também interferem no ganho de peso dos bebês, assim como na produção de leite materno e na quantidade de nutrientes. É preciso ressaltar ainda que o bebê amamentado por uma fumante não se prejudica apenas pela ingestão do leite, mas também por ser um fumante passivo, pois ele inala as substâncias tóxicas do cigarro, tornando-a predisposta a quadros de alergia e doenças pulmonares em curto prazo.
Dessa forma, a orientação médica é expressa: a interrupção do fumo durante a amamentação deve ser total.
O mesmo vale para bebês ainda no período de gestação. O tabagismo prejudica o feto de forma semelhante, mas os malefícios só são observados no nascimento.
Ao circularem pelo sangue, a nicotina e as demais substâncias nocivas do cigarro dificultam as trocas gasosas e de nutrientes entre a mãe e o feto, fazendo com que o bebê gerado pela mãe fumante já apresente problemas pulmonares desde o nascimento, além de baixo peso e mais propensão a agitação, irritabilidade e cólicas.
De acordo com um relatório especial publicado em 2014 pelo Centers for Disease Control and Prevention, dos Estados Unidos, o tabagismo atua também como um fator causal para o desenvolvimento de diabetes. Em outras palavras, o cigarro não apenas é prejudicial para quem já possui diabetes, como também pode causar diabetes em quem ainda não tem. Isto acontece por conta do efeito da nicotina sobre a sensibilidade à insulina.
Outros estudos apontam que pessoas fumantes têm mais riscos de desenvolver diabetes tipo 2, também por conta dos efeitos causados pela nicotina. Um dado importante ressaltado pelas pesquisas, é que o cigarro aumenta o risco de doenças cardiovasculares e AVC em pacientes diabéticos.
Segundo uma pesquisa realizada pela The Lancet Diabetes & Endocrinology, pessoas que convivem com fumantes possuem risco 22% maior de desenvolver diabetes. A pesquisa revela ainda que seriam necessários pelo menos 12 anos após a interrupção do tabagismo para que o risco de contrair diabetes chegasse a índices normais, de pessoas que nunca fumaram.
Sim, os fumantes de cigarros comuns podem doar sangue, desde que, no dia da doação, eles não fumem por no mínimo duas horas antes do procedimento.
O doador fumante também deve aguardar mais duas horas após a coleta para fumar novamente, como medida de precaução.
Com outros tipos de inalação, como narguilés, o fumante não pode doar por no mínimo 12 meses.
O consumo de cigarro pode afetar a qualidade do sangue doado pelo fumante, pois a fumaça do cigarro aumenta o teor de monóxido de carbono na circulação. Além disso, sendo consumido pouco antes da doação de sangue, o cigarro pode aumentar os níveis de carboxi-hemoglobina no sangue, dificultando o transporte de oxigênio pelo sangue e, consequentemente, a quantidade de oxigênio disponível para o metabolismo celular.
As consequências tanto para doador quanto para receptor podem ser graves: o doador pode ter policetemia tabágica (distúrbio que causa aumento exagerado na quantidade de glóbulos vermelhos no sangue), enquanto o receptor pode ter problemas cardiovasculares em transfusões de sangue.
Animais de estimação podem ser tão fumantes passivos quanto qualquer ser humano, e também podem adoecer por causa das substâncias tóxicas da fumaça do cigarro. Na maioria dos casos, os bichinhos que moram com fumantes apresentam problemas respiratórios e pulmonares; em casos mais complexos, podem desenvolver tumores nasais, principalmente os cães.
Alguns estudos indicam que os animais mais afetados são aqueles considerados de companhia, ou seja, que residem e compartilham o mesmo ambiente com seus donos fumantes, pois acabam inalando mais fumaça e toxinas do tabaco.
As complicações causadas aos pets pelo tabagismo por muitas vezes são silenciosas. Os sinais clínicos só começam a ser notados depois de algum tempo. Portanto, o tutor deve ficar atento aos primeiros sinais da influência da fumaça nos bichinhos, como espirros, coceira, falta de apetite e dificuldade para respirar. Sintomas mais aparentes e graves costumam ser lesões na pele, corrimento ocular e bronquite alérgica.
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Fontes: Centers for Disease Control and Prevention The Lancet Diabetes & Endocrinology