Atualizado em Outubro de 2024
O câncer de próstata é o segundo câncer mais frequente na população masculina (atrás apenas do câncer de pele – não melanoma). Seu diagnóstico é desafiador, uma vez que suas principais ferramentas, representadas pelo toque retal e dosagem sanguínea de antígeno prostático específico (PSA), apresentam limitações bem conhecidas. Além disso, com a evolução no entendimento da doença e no manejo dos pacientes, há uma necessidade cada vez maior de individualizar o tratamento.
O antígeno prostático específico (PSA) é uma enzima produzida pelas células da glândula prostática, encontrada principalmente no sêmen, mas também encontrada em uma pequena quantidade no sangue. O PSA pode ser avaliado através de um exame de sangue simples, que diagnostica alterações na próstata como prostatite, hipertrofia benigna da próstata ou o câncer de próstata.
A chance de desenvolvimento do câncer de próstata aumenta proporcionalmente com o aumento do nível do PSA. Em estudos multicêntricos, têm sido relatados valores de PSA Total conforme a faixa etária (valores de referência):
Se o nível do PSA de um paciente estiver dentro destes valores de referência, o médico define se há necessidade de repetição do exame ou a realização de outro exame para fechar o diagnóstico.
A avaliação da próstata por ressonância magnética de pelve vem ganhando cada vez mais espaço nos últimos anos e se consolidando como importante ferramenta auxiliar no diagnóstico e estratificação de risco da doença. Atualmente, é possível empregar protocolo direcionado a avaliação da próstata por RM, denominado de avaliação multiparamétrica. São obtidas imagens para a avaliação da anatomia prostática, associadas a imagens que podem caracterizar possíveis áreas de aumento de celularidade na glândula (neoplasia), e, ainda, imagens após a administração intravenosa de contraste (gadolíneo). Em conjunto, as imagens obtidas proporcionam diferentes aspectos que permitem a caracterização de possíveis focos de tecido acometido por tumor, permitindo assim a diferenciação mais precisa, com base nas diferentes imagens, entre tecido prostático sadio versus tecido doente. A evolução tecnológica dos equipamentos de RM permite, hoje, a realização dos exames da próstata sem a utilização das bobinas endorretais, cuja aceitação pelos pacientes era extremamente baixa face ao desconforto gerado.
Algumas instituições que produzem diretrizes para o manejo do câncer de próstata, como a National Comprehensive Cancer Network (NCCN), já recomendam o uso da ressonância magnética no auxílio no diagnóstico e estratificação de risco da doença, ratificando a utilização do método de forma cada vez mais ampla.
O PET-CT PSMA é uma maneira diferente de avaliar a presença e a extensão da doença, isto porque o PET-CT é uma tecnologia que avalia o corpo inteiro e o traçador (PSMA) é específico para detectar células do câncer de próstata. Desta forma, PET-CT PSMA pode localizar células malignas em meio ao tecido normal da próstata ou em várias outras partes do corpo onde existam metástases.
Além da melhor acurácia na detecção de células prostáticas malignas, esta técnica de exame de imagem também permite avaliar como está sendo a resposta ao tratamento do câncer.
O câncer de próstata pode evoluir de forma bastante lenta na maioria dos casos. Em alguns, o tumor pode levar de 10 a 15 anos para atingir 1 cm³, sem causar nenhum sintoma. Por isso recomenda-se, principalmente a partir dos 40 anos, realizar consultas periódicas ao urologista.
Com a possibilidade de novos exames para detecção do câncer de próstata, espera-se que os tratamentos sejam mais efetivos, com a prescrição de tratamentos adaptados a cada caso. O diagnóstico hoje pode transcorrer de forma simplificada, já que a inovação nos exames e métodos podem indicar com maior precisão a incidência do câncer prostático.
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O movimento Novembro Azul com o objetivo de chamar a atenção para a prevenção e o diagnóstico precoce de doenças que atingem a população masculina, inclusive em relação ao câncer de próstata.