A adaptação dos vírus silvestres Oropouche e Mayaro a vetores urbanos


20.05.19

Uma grande variedade de vírus causadores de doenças se abriga nas florestas, entretanto, com o crescimento das cidades, principalmente próximas às florestas e reservas ambientais, alguns tipos de vírus causadores de doenças - restritos ao ambiente silvestre – vêm se estabelecendo no meio urbano.

O avanço recente dos casos de Febre Amarela é um dos melhores exemplos. Além desses, podemos também citar outros vírus, como o Oropouche e Mayaro, que já são motivo de preocupação às autoridades sanitárias.

Tanto o vírus Mayaro quanto o Oropouche são Arboviroses semelhantes aos vírus da Dengue, Zika, Chikungunya e da Febre Amarela. Assim como acontece com essas outras doenças, Mayaro e Oropouche têm insetos como vetores e responsáveis pela sua transmissão para humanos.

 

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Estes vírus, antes restritos a vetores silvestres, mostram agora adaptação a vetores urbanos, como o Culicoides paraensis, uma mosca conhecida como "borrachudo" ou "maruim", cuja picada costuma ser mais alergênica e provocar maior sensação de coceira do que outras espécies, como o Culex e o Aedes, que, podem transmitir a Febre Mayaro.

Porque os nomes Mayaro e Oropouche?

O nome dessas doenças geralmente é dado em função da localização dos primeiros relatos de casos. Ambos foram identificados e isolados pela primeira vez em Trinidad e Tobago, na década de 1950-60, nas respectivas regiões de Mayaro e Oropouche.

Essas viroses, principalmente Oropouche, se mantêm com maior prevalência nas regiões amazônicas, em especial Venezuela, Peru e Brasil e também próximo a áreas de florestas da América Central. Recentes estudos, demonstram a presença do vírus Oropouche também na Argentina, Bolívia, Colômbia e Equador.

Na verdade, a doença causada pelo vírus Oropouche já é uma das principais causas de doença febril no Brasil, em especial nas regiões norte e nordeste, tendo inclusive sendo proposta como candidata à próxima epidemia nas Américas, junto com outras doenças como a Encefalite Equina Venezuelana e a Febre Mayaro.

 

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Quando os vírus surgiram no Brasil?

No Brasil, o vírus do Oropouche foi isolado no estado do Pará, em uma espécie de preguiça, em 1960, coincidindo com as obras da rodovia Belém-Brasília. Já no ano seguinte, em 1961, houve a ocorrência de um surto na cidade de Belém, atribuído ao vírus.

Uma das principais limitações na identificação dessas doenças era a falta de recursos diagnósticos precisos, já que o quadro de sinais e sintomas pode ser muito semelhante a outras viroses, como as acima citadas.

Veja os principais sintomas, por ordem de frequência:

Febre

Cefaleia

Mialgia (dores musculares)

Artralgia (dor articular)

Calafrios

Fotofobia (sensibilidade ou intolerância à luz)

Tonteiras

Erupções cutâneas vermelhas

Náuseas/Vômitos

Sangramentos

Dor retro orbital

Epigastralgia (dor na região do estômago)

Anorexia

Adinamia (redução da força muscular, debilitação muscular e fraqueza)

Como é feito o diagnóstico?

O diagnóstico pode ser feito através da pesquisa do RNA viral no sangue (RNA PCR) e também pela pesquisa de anticorpos IgG e IgM.

Clique aqui para acessar os exames:

Exames para diagnóstico do Vírus Oropouche
Exames para Diagnóstico do Vírus Mayaro

 

Assim como acontece em outras arboviroses, a pesquisa viral por RNA PCR deve ser realizada no início da sintomatologia, de preferência até o quinto dia e a pesquisa de anticorpos após o quinto dia.

Para informações sobre os exames para diagnóstico dos vírus Oropouche e Mayaro e/ou outros exames, acesse:

www.richet.com.br/exames

Para informações e agendamento de exames, entre em contato através de nossos canais de comunicação direta:

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