Não se engane: apesar de terem o primeiro nome igual, a tríplice viral e a tríplice bacteriana são completamente diferentes, e agem no organismo contra doenças distintas. O termo “tríplice”, na verdade, apenas determina que a vacina é eficaz contra três doenças ao mesmo tempo.
É importante ressaltar que a atualização das vacinas é fundamental para impedir o contágio das doenças, tanto virais quanto bacterianas.
O Richet Medicina & Diagnóstico explica as diferenças entre a tríplice viral e a tríplice bacteriana:
A tríplice viral é a vacina que previne o organismo contra sarampo, rubéola e caxumba. Isso significa que uma dose da vacina previne as três doenças e suas complicações. Todos os três componentes desta vacina são altamente imunogênicos e eficazes, e imunizam o organismo por praticamente toda a vida. A proteção inicia-se cerca de duas semanas após a vacinação.
O Ministério da Saúde alerta que é fundamental estar com esta vacina atualizada, pois, embora tais doenças tenham sido eliminadas no Brasil há alguns anos, muitos países europeus ainda estão sob risco de surtos, fazendo com que elas possam voltar a circular por aqui. Para se ter uma ideia, o sarampo ainda é endêmico em nove países da Europa; já a rubéola é uma endemia em catorze.
O sarampo é uma doença infecciosa aguda e extremamente contagiosa. Muito comum na infância, a infecção pelo vírus pode trazer graves consequências, como convulsões, pneumonia, lesões cerebrais e até morte.
A rubéola é uma virose contagiosa que provoca febre e erupções vermelhas na pele. Também chamadas de rash, as manchas costumam surgir na face e atrás da orelha, antes de se espalharem pelo corpo todo.
A doença normalmente ocorre na infância, entre os cinco e nove anos, mas pode acometer adultos não vacinados ou que nunca tiveram rubéola. A virose surge apenas uma vez na vida e costuma ser benigna, mas, se adquirida na gravidez, pode gerar deformações no feto e até aborto.
A caxumba, também conhecida como papeira ou parotidite, é uma doença infecciosa provocada por um vírus da família paramyxovirus. A doença é caracterizada principalmente pela inflamação nas parótidas, mas também nas glândulas submaxilares e sublinguais.
Crianças a partir de 12 meses, adultos e idosos.
- Gestantes, imunodeprimidos (pessoas com comprometimento da imunidade por doença ou medicação), pessoas com alergia grave a um dos componentes da vacina, histórico de anafilaxia após aplicação de dose anterior da vacina.
- A maioria das crianças com história de reação anafilática a ovo não tem reações adversas à vacina e, mesmo quando a reação é grave, não há contraindicação ao uso da vacina tríplice viral. Foi demonstrado, em muitos estudos, que pessoas com alergia ao ovo, mesmo aquelas com alergia grave, têm risco insignificante de reações anafiláticas. Teste cutâneo não é recomendado, pois não consegue prever se a reação acontecerá. No entanto, é recomendado que estas crianças, por precaução, sejam vacinadas em ambiente hospitalar ou outro que ofereça condições de atendimento de anafilaxia.
- Crianças a partir de 12 meses: uma dose aos 12 meses, e reforço entre 15 e 24 meses, de acordo com o Programa Nacional de Imunizações (PNI).
- Crianças a partir de 2 anos de idade e adultos: duas doses com intervalo mínimo de um mês. A vacina pode ser aplicada a qualquer momento da vida, em qualquer idade, exceto durante a gestação.
Para ser considerada protegida, a pessoa dever tomar duas doses da vacina, em qualquer momento, desde que com intervalo mínimo de um mês entre uma e outra.
OBS: para mulheres em idade fértil, é recomendado evitar engravidar nos 30 dias seguintes à vacinação.
A aplicação da vacina deve ser feita pela via subcutânea.
- Nas Unidades Básicas de Saúde, sendo duas doses para pessoas de 12 meses a 29 anos e uma dose para adultos entre 30 e 49 anos. Eventualmente, porém, o Ministério da Saúde (MS) pode realizar campanhas de vacinação em caso de surtos.
- Nas clínicas privadas, está disponível para a vacinação de crianças a partir de 12 meses, adolescentes e adultos de qualquer idade.
A tríplice bacteriana é uma vacina que previne o organismo contra difteria, coqueluche e tétano. Como dito anteriormente, isso quer dizer que uma dose da vacina imuniza a pessoa contra as três doenças e suas complicações.
A difteria é uma doença bacteriana grave, causada por um bacilo toxicogênico. Podendo se alojar principalmente nas amígdalas, faringe, laringe e nariz, a difteria se caracteriza pelo surgimento de placas, podendo atingir também o coração, o sistema nervoso central, os rins e o fígado.
A transmissão da doença se dá através de contato direto com uma pessoa doente ou portadora do vírus, por meio de gotículas de secreção respiratória, eliminadas por tosse, espirro ou fala.
A coqueluche é uma doença infecciosa aguda grave, responsável por grande mortalidade entre lactentes (crianças entre 28 dias e dois anos de vida. A doença ataca o aparelho respiratório (traqueia e brônquios), causando infecção, e se caracteriza por forte tosse seca.
O tétano é uma doença não contagiosa, transmitida de forma acidental. Geralmente acomete pessoas que entram em contato com o bacilo tetânico ao manusearem o solo, ou através de ferimentos e lesões ocorridas por materiais contaminados, em ferimentos na pele ou mucosa. O tétano pode ocorrer também após o nascimento, através da contaminação do coto umbilical em filhos de mães que não estão imunizadas contra a doença.
- Crianças a partir de 3 anos de idade, adolescentes e adultos.
- Gestantes.
- Todas as pessoas que convivem com crianças com menos de 2 anos de idade (sobretudo bebês com menos de 1 ano), sejam familiares, cuidadores ou profissionais de saúde.
Pessoas que apresentaram anafilaxia ou sintomas neurológicos causados por algum componente da vacina ou histórico dos casos com dose anterior.
- Dose de reforço prevista para os 4-5 anos de idade.
- Recomenda-se dose de reforço na adolescência.
- Recomenda-se dose de reforço em adultos e idosos.
OBS.: podem ocorrer reações vacinais, como eritema local (vermelhidão na pele devido à dilatação dos vasos capilares cutâneos), exulceração (princípio de úlcera), nódulo e abscesso. Outros sintomas gerais, como febre de intensidade variável, sonolência, irritabilidade, mal-estar e vômito, também podem ocorrer.
Difteria: quando houver contato com pessoa doente de difteria, a criança (com menos de 7 anos de idade) pode receber uma dose de reforço da vacina tríplice (DTP) ou dupla infantil (DT). Se tiver mais de 7 anos de idade, o reforço deve ser feito com a vacina dupla do tipo adulto (dT).
Tétano: sempre que houver ferimentos suspeitos, é preciso seguir as normas estabelecidas para a profilaxia do tétano após ferimentos. A idade da pessoa é que determinará a vacina a ser usada: tríplice (DTP), dupla infantil (dT) ou vacina isolada contra o tétano (TT).
A aplicação da vacina deve ser feita pela via intramuscular.
- Em clínicas privadas de vacinação.
- Nas Unidades Básicas de Saúde apenas para gestantes ?a partir da 20ª semana ?de gestação e profissionais da área de saúde que atuam em maternidades ou serviços de atendimento a recém-nascidos.
Central de Relacionamento: (21) 3184-3000
WhatsApp Richet - (21) 99231-4407
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